segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Encontro (ficção)

Ele recebeu o telefonema quando estava de saída do trabalho, estacionou o carro e atendeu.
- Alô!
- Oi, aqui é Priscila, o convite ainda tá de pé?
- Sim, onde nos encontramos?
- Não sei, que vc sugere?
- Barzinho de universitários, pode ser?
- Tá bom, me espere próximo ao Pastelão Universitário, então.
- OK, tô indo!
Desligou o celular, engrenou a marcha e dirigiu-se para a zona dos barzinhos, próxima à faculdade.
Estacionou, e quando se preparava pra descer do carro, vê a luz de ré acender no carro da frente, sente que o carro não vai parar, buzina no momento em que o carro bate no seu.
Depois do tranco, vê que o carro da frente começa a se movimentar pra ir embora.
Desce correndo para impedir a fuga, é uma garota, jovem universitária e um acompanhante, que ao ver-se bloqueada, desliga o carro e desce pra ver o prejuízo.
Olham; nada quebrado, nada amassado, libera a fujona.
Pensa, a noite não começou bem.
Alguns minutos depois, Priscila chega.
Dirige-se ao carro dela.
- Oi, e então?
Ela desce.
- Sabes que sou casada, acho que seria perigoso irmos a um barzinho desses em plena sexta-feira. Alguém pode nos ver e os comentários irão começar.
- Tudo bem, se queres discrição o lugar mais discreto que conheço é minha casa, fica num bairro distante e longe de ruas movimentadas, pode ser?
Pequena hesitação.
-Tá...
- Então me segue.
Depois de chegarem, o comentário.
- Mas tu te esconde, hein?
- É verdade! Olha eu não tenho cerveja, mas tenho vinho chileno, serve?
Pequena azáfama: pegar taças, abridor, escolher o vinho, abrir e servir.
Conversam.
Sentam-se na sala. Bebem em pequenos goles, o vinho é bom.
Ele conta um pouco da sua rotina de homem que mora sózinho, ela conta sua rotina de mulher casada com um homem que é alcoolatra e já não tem serventia nenhuma.
Ela fica um pouco triste, ele abraça seus ombros confortando-a.
Ela confessa que não faz sexo a mais de um ano. Beijam-se, olham-se nos olhos, as palavras já não são necessárias.
Ele levanta e estende a mão e a conduz para o quarto, beijam-se novamente.
Despem-se rápidamente, um tanto constrangidos pela falta de intimidade.
Ele a olha, ela é alta, os cabelos curtos de um louro acobreado, os olhos verdes, está acima do peso mas mantém as curvas nos lugares certos.
Deitam-se e fazem amor, já nos primeiros movimentos ela estremece em orgasmo, tem três, um atrás do outro.
Depois, relaxada e sorridente ela despede-se.
- Eu te ligo sempre que me der essas ganas.
Provavelmente não irá ligar.

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