sexta-feira, 27 de julho de 2012

Mansão Misteriosa!

Por influência da Mônica acabei entrando e jogando esse online game, Mansão Misteriosa ( Mistery Manor para os inglesófilos ).
A princípio não achei muita graça, mas com o passar do tempo fui gostando a ponto de, hoje, ter abandonado todos os outros jogos online em favor deste.
Não é um jogo típico de estratégia, não é violento, não apologisa o uso de armas. É um jogo de clicar como diz meu filho (ele jogou e não gostou, acaba com o mouse, diz).
Mas este jogo tem uma particularidade interessante; estimula que você estabeleça contatos com pessoas que sejam participantes do jogo, de forma que hoje tenho entre meus vizinhos de jogo gente dos mais diversos países, além dos brasileiros, é claro. Estados Unidos, Argentina, Venezuela, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, China, Rússia, França, Turquia, não sei enumerar todos.
Acabamos sabendo das pessoas, como vivem, o que pensam, seus hábitos, seus hobbyes, onde passeiam, vemos fotos de suas famílias, uma integração!
Com os de mesma língua ou linguas aproximadas (no caso os de lingua espanhola), acabamos aprofundando contatos e fazendo amizades, vejo o exemplo da Mônica que se tornou amiga (apesar de nunca terem se visto pessoalmente) de argentinas, colombianas e venezuelanas, e está aprendendo espanhol com isto. Hehehehe! Ao ingressarmos em uma comunidade de jogadores brasileiros, acabamos fazendo amizade com pessoas de outros estados e estabelecemos laços de amizade virtual.
Interessante que até em um jogo como esse, que a principio é um passatempo, com sua evolução, estabelecem-se regras não escritas, uma espécie de ética do jogo. Aquelas pessoas que só pensam em tirar vantagem dos outros acabam isoladas:
* Não peça itens que você não precisa no momento, peça coisas para terminar missão ou fechar coleção de que você precisa.
*Não convide para batalhas (dar tiros) se também não for missão sua.
*Se alguém te presenteou com item que você pediu, retribua dando à pessoa um item de que ela precisa.
*Sempre que possível visite os vizinhos e lhes dê aqueles itens gratuitos de que precisam.
*Finalmente: nunca, mas nunca mesmo, entre na comunidade pra ofender e reclamar das pessoas! Isso é uma amostra do seu caráter e terá como resultado o afastamento das pessoas.
Hasta!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Passeio em Porto Alegre

Saímos de Ijuí aí pelas 6h da manhã, muito frio, trechos com cerração fechada e garoa fina. Havia comprado 3 CD´s novos, fomos escutando enquanto viajávamos, 3 generos; nativista, sertaneja e bandas. A Mônica, térmica e cuia em punho, tomava mate e contava as últimas novidades, combinava comigo coisas do jogo (Mansão Misteriosa) que temos como passatempo na internet.
Esperávamos chegar um pouco depois do meio-dia na capital, mas na RS que liga Cruz Alta a Soledade havia muito movimento, caminhões, carros e chuva, fiquei tenso, muitas vezes andando enfileirados, os caminhões, lentos trancando tudo. Estava tão concentrado em cuidar a movimentação dos veículos que nem vi passar o trevo em Tio Hugo, só fui me dar conta quando entramos em Passo Fundo!
Daí que a Mônica me disse que tinha visto passar o trevo, mas não falou nada! Resultado, uma hora a mais de viagem, pedi a ela que quando ocorrer algo semelhante novamente, avise!
Retomado o rumo, viajamos até o topo da serra e paramos pra almoçar no Gringo, habitual ponto para nossas refeições de viagem, comida boa, sobremesinha e um cochilo de meia hora, pois se eu não cochilar depois do almoço fico imprestável!
Ainda pegamos alguns trechos em obras, novas filas de caminhões e carros de forma que chegamos ao nosso destino, casa da minha filhota Vivi as 15h mais ou menos. Antes passamos pela Praça da Matriz e compramos ingressos (camarotes laterais) para uma apresentação de música clássica no Teatro São Pedro.
Fernandinha estava passeando na casa do Leandro e as duas, Vivi e Maria, trabalhando, então nos adonamos da casa, preparei um carreteiro e uma salada pra janta. Maria chegou primeiro, ficou surpresa com a nossa presença pois não sabiam ao certo que dia viriamos; Vivi chegou as 23h também ficou surpresa e feliz. Adorou comidinha de papai!
Nos dias seguintes fiz outras comidinhas, sempre elogiadas pelo povo, penso eu que gostaram mesmo, pois não sobrava nada!
Resolvemos, eu e Mônica, no sábado ir caminhar a toa pelo centro, olhar vitrines, almoçar por lá, e acabamos indo no shoping do povão, as "galerias da volunta". Olhamos, caminhamos e não compramos nada. Mas eu precisava comprar algo pro meu "caseiro" e Mônica também pra " caseira" dela, coisa que deixamos para o último dia.
Combinamos que no domingo iríamos almoçar com a Vivi, no local de trabalho dela, Pastelon é o nome. Fernandinha viria e de última hora o Marquinhos ligou avisando que estava de volta da praia, onde fora conhecer um peixão que fisgara pela internet (está solteiro novamente, a fruta não cai longe do pé, kkkkk) pedindo que o buscássemos.
Almoçamos juntos, tiramos fotos na Praça da Alfândega, Vivi voltou ao trabalho e nós fomos pro apê do Marquinhos olhar o jogo do Internacional que por sinal foi goleada! Dále Inter!
O ponto culminante do nosso passeio, depois de ver os familiares,  foi indubitavelmente a ida ao Teatro São Pedro, na 2ª feira. Detalhe, morei 25 anos em Porto Alegre e nunca tinha ido a esse teatro!
Esta foi a programação apresentada:

Orquestra de Câmara Theatro São Pedro apresenta "Bach Eterno"

Regente da Orquestra da Bahia, Carlos Prazeres, é o maestro convidado

 O oboísta e regente Carlos Prazeres é o maestro convidado da apresentação “Bach Eterno”, da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, que será realizada às 21h desta segunda-feira, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº). Além de Bach, o programa prevê obras de Arvo Part, com participação dos solistas Daniel Germano e Artur Elias Carneiro.

Um dos mais requisitados maestros do momento, Carlos Prazeres é filho do maestro Armando Prazeres. É assistente de Isaac Karabtchevsky na Orquestra Petrobras Sinfônica, desde 2005, e regente da Orquestra da Bahia. 

Eu nunca havia entrado no Teatro, só o conhecia por fora, acompanhei as obras de recuperação desse monumento à arte em solo gaúcho, obra engendrada e dirigida por Eva Sopher, essa mulher admirável! Ela estava lá! Em pé, entre as duas rampas que sobem aos camarotes, mulher magrinha, com muitas rugas e um brilho de energia e determinação no olhar, aurindo das pessoas à sua volta os bons fluidos que a fazem manter o teatro vivo!
É inenarrável a sensação de alguém como eu, pêlo duro, do povo, que tem a oportunidade de ter acesso a um lugar como este, é uma emoção, um arrebatamento, você não consegue ver, ouvir e sentir tudo ao seu redor, incrível!
Gentilmente orientados pelo funcionário do teatro, tomamos nossos assentos no camarote 15, lado esquerdo, seis lugares, duas filas de três cadeiras, numeradas. Ficamos na fila de traz, mesmo assim temos boa visão do palco. Observo impressionado o ambiente. Abaixo de frente para o palco, a platéia, acima no mesmo nível nosso, ao centro senta-se Eva Sopher com toda sua autoridade.
Um nível acima do nosso mais camarotes, agora com uma espécie de arquibancada. São os ingressos mais baratos. O lustre pendurado no teto bem no centro da ferradura, impressiona pelo tamanho e pela beleza, todo o teatro tem seu piso forrado com tapete vermelho.
 O teatro é em forma de ferradura para a facilitar a acústica, uma pessoa falando no palco é facilmente ouvida em qualquer lugar da platéia e dos camarotes!
Começa a apresentação, a orquestra de câmara executa as obras de Bach e Arvo Part, são três números que duram 1:30h, ao final o maestro, solistas e músicos são aplaudidos de pé pelo público, ouve-se gritos de "Bravo! Não sentimos o tempo passar! Comentário da Mônica ao final: "amei"!
Terça pela manhã tomamos rumo de casa, já com saudades do povo de lá. Chuva, de Porto Alegre a Ijuí, ali pela altura de Ibirubá, acho, um acidente feíssimo, dois carros destruidos, possivelmente choque frontal, deve ter havido mortes.


sábado, 21 de julho de 2012

Para viver um grande amor!







Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

(Vini de Moraes)

Vinícius, apaixonado, escreveu, Dudu postou no Face,  e eu compartilho com meus poucos e fiéis leitores!
Hasta!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A "hora bunda"

Segunda-feira, aulas terminadas e nós fazendo hora na escola. Alguns chamam essas horas destinadas à atividades, de "hora bunda", pois ficamos todos sentados ao redor da mesa na nossa sala, conversando atualizando os assuntos do curso, falando sobre os alunos problema e contando estórias, rindo e provocando uns aos outros. Hoje estamos em oito, cada um com seu notebook, lendo as mensagens, e comentando.
Lembramos de causos ocorridos com cada professor, os mais velhos, por terem mais tempo de carreira são as maiores vítimas da turba. Eu, com 18 anos de casa sou portanto  o maior provocador de risos nessa platéia gozadora. E tem cada causo!
De tudo fica, nesses horários em que livres de ter que estar em sala de aula, fazemos essa convivência mais solta aquela sensação de não somos apenas colegas, mas também amigos.
Hasta!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

ORAÇÃO PARA NÃO FICAR RABUGENTO

Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu que estou envelhecendo a cada dia.

Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo,
em toda e qualquer ocasião.
Livra-me, também, Senhor!

Deste desejo enorme que tenho de querer pôr em ordem a vida dos outros.

Ensina-me a pensar nos outros e a ajudá-los, sem jamais me impor sobre
eles, mesmo considerando com modéstia a sabedoria que acumulei e que
penso ser uma lástima não passar adiante.

Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação
com os filhos, e que só se preserva os amigos e os filhos quando não
há intromissão na vida deles.

Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes
e minúcias e dê asas à minha imaginação para voar diretamente ao ponto
que interessa.

Não me permita falar mal de alguém. Ensina-me a fazer silêncio sobre
minhas dores e doenças.
Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai
crescendo a cada ano que passa.

Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a discrição das doenças
alheias; seria pedir muito.
Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com paciência.

Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado em
algumas ocasiões.
Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.
Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece de envelhecimento, peço:
Mantenha-me o mais amável possível.

Livrai-me de ser santo (a). É difícil conviver com santos!

Mas um(a) velho(a) rabugento(a), Senhor, é obra prima do mal!
Poupe-me, por misericórdia...

E proteja-me contra os mal intencionados...

Assim seja! Amém!!!

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domingo, 1 de julho de 2012

Domingo

É domingo e, apesar do inverno já estar entre nós, tem um solzinho gostoso lá fora,  a temperatura é amena.
Estou na "casa de campo", onde a Mônica mora atualmente. Há um silêncio e uma paz impressionante, o que tem feito bem para as crises de ansiedade e pânico dela. Agora são mais espaçadas, mas basta haver algum fato que a incomode e pronto! Já vem tudo de novo.
É curioso, estou tentando me adaptar a esta situação "sui generis" de estar comprometido com alguém, porém, morando sozinho.
Ontem combinamos de fazer peixe no almoço de hoje, já preparei a "cancha" na cozinha, mas não comecei ainda pois a Mônica queria tomar mais uns mates.
Tivemos notícia do falecimento do marido de uma prima minha, enfarto fulminante, o homem tinha apenas 45 anos, que côsa! Não fomos ao velório, apesar de solidários com a dor de minha prima pela perda.
Ontem almocei com meus velhinhos queridos, depois fui ao mercado com eles, levamos quase duas horas pra fazer compras que em 20 minutos eu faria, mas eles se entretem, fazem escolhas, discutem, um compra coisinhas pra agradar o outro e, invariavelmente, quando eu e o pai vamos para o caixa a mãe some nos corredores pra pegar alguma coisa, uma guloseima, balas de mel, um chocolate pro pai e atrasa todo mundo na fila!
O pai está ficando com a memória fraca, as vezes mistura relembranças com o presente, fantasia coisas, ontem me perguntou: "Como estão os velhos, tão bem de saúde?" (os velhos são ele e a mãe), nessas situações, que são cada vez mais frequentes, tenho optado por entrar no jogo e seguir a conversa como se fosse normal, respondi: "Estão bem, o pai tá meio esquecidinho, mas bem de saúde." E seguimos tomando mate. O engraçado é que ele sabe quem sou e que sou seu filho mais velho.  Tem coisa que ele faz confusão, mas não é culpa dele, me pergunta pelos filhos e pela mulher, como se os filhos estivessem aqui comigo. Quem mandou eu "casar" cinco vezes!
A mãe, apesar de bem mais nova que o pai já está entrando no mesmo ritmo, ontem almocei com eles, hoje meu irmão ligou, queria levá-los pra almoçar com ele, já que a Marlene faz aniversário hoje, a mãe respondeu: O Marcos disse que vem almoçar aqui, vem pra cá também".
Não sei se é científico ou não, mas li ou ouvi que casais vivendo muito tempo juntos, ficam muito parecidos nas atitudes e acabam tendo os mesmos problemas de saúde e se um falta o outro sente tanto a ausência que não demora a segui-lo. Principalmente quando se amam verdadeiramente.
À tarde talvez vamos lá no meu irmão, dar um abraço na cunhada e ver o jogo do meu Inter.
Hasta!