sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vício da Leitura

Já li zilhões(menos: milhares) de livros, como minha mana diz, sou um rato de biblioteca!
Tudo começou na minha mais tenra infância, antes de eu entrar pra escola e ser alfabetizado; eu via meus pais, minha avó e meus tios entretidos com aqueles objetos de papel, prestando muita atenção e/ou rindo ao olhar aquilo. Isso atiçou minha curiosidade e ao demonstrar interêsse, minha avó me ensinou a folhear(sem rasgar) as revistas e livros.
Então eu olhava as figuras e em alguns casos conseguia entender a mensagem, porém na maioria das vezes não, pedi para minha avó me explicar o que eram aqueles sinaizinhos que vinham acompanhando a figura e ela me disse: são letras, que formam as palavras, quando você aprender a ler entenderá!
Pronto! Eu não aguentava a ansiedade de ir pra escola aprender a ler, e azarado, faço aniversário em janeiro, só entrei no colégio com sete anos completos!
Mas em compensação, assim que entendi o sistema b+a=ba, ficou fácil, pegava as revistas e ficava soletrando, devo ter sido um dos que aprendeu mais rápido naquela turma!
Daí virei um visitador silencioso, entrava nas casas dos tios e primos e fuçava até descobrir onde estavam os gibis, outras revistas e livros e me sentava a ler. Uma vez fui na Tia Cema, irmã da vó, entrei no quarto do primo Jair (Bilico), peguei as revistas novas e sentei na sala lendo, a tia sentou ao meu lado e conversou comigo a tarde toda, só foi descobrir que eu não estava ouvindo , quando fez uma pergunta e eu não respondi!
Tio Samuel (Samo, ou Samuca San para os japinhas)comprou uma enciclopédia Delta Larousse, que era na época o supra sumo do conhecimento, fui olhando (lembro das fotos das indias e nativas africanas nuas, foram as primeiras mulheres nuas que vi!) e lendo o que me interessava, do primeiro ao último volume, também lia todos os gibis que ele comprava.
Seu José era colecionador da Seleções do Readers Digest, revista escrita para o americano médio e também comprava e colecionava os livros condensados da mesma editora; muito da influência na forma de pensar dos Carvalho Fontoura, vem dessa revista.
Depois descobri a biblioteca, primeiro a do CEAP, depois a Biblioteca Pública Municipal. A do CEAP abandonei logo, pois na época, tinha poucos livros que me atraiam, já na Pública descobri o prazer de ler obras autorais, o primeiro foi, não poderia deixar de ser, Érico Veríssimo. Ali cultivei uma mania, como as obras estavam colocadas de forma organizada em balcões, lá pelas tantas decidi que ia ler a biblioteca toda e comecei pelo primeiro balcão, depois fui para o segundo e assim por diante; não lembro se cheguei a terminar meu empreendimento pois fui fazer o curso técnico em POA, mas li um monte, até aí eu estava no ginasial, mais ou menos como a 8ª série de hoje.
Em Porto Alegre, a biblioteca da escola, mais para os assuntos do curso (Técnico Mecânico) e a Biblioteca Pública antiga e grande para o restante.
Depois descobri um primo do pai, o Paulo, militar, comprava dois ou três livros por mês e lá ia eu lê-los! Tinha uma boa coleção de obras dos grandes pensadores, tentei ler alguns, Sócrates por exemplo mas era demais pra uma cabeça de 15 anos, desisti no meio.
Disso tudo sei que li todos os livros que encontrei, do Érico, do Jorge Amado, do Moacir Scliar e do Luis Fernando Veríssimo e li também Cecília Meireles, Mário Quintana, Monteiro Lobato, Machado de Assis. Aluísio de Azevedo, José de Alencar, Carlos Drummond, Dalton Trevisan, Graciliano Ramos, Barão de Itararé, Clarice Lispector, Carlos H. Cony, Zélia Gattai, Lygia F. Telles, Joáo Ubaldo, Lya Luft, Rachel de Queirós e mais centenas de outros que não lembro.
Livros de autores estrangeiros também li centenas. Alguns me marcaram; na adolescência: Robinson Crusoe de Allan Defoe, já adulto: O Velho e o Mar do Hemingway, O nome da Rosa, A Estranha Leveza do Ser, Os Demônios de Bombachas e outros.
Tudo isso só pra dizer que tenho um primo, Eduardo Ritter, e um sobrinho, Gerson F. Dallacorte, que me chamaram a atenção pelos textos que escrevem, cada um no seu estilo, um mais solto e mais irônico, o outro mais poético e conciso, ambos admiradores do grande escritor americano (e bebum, mulherengo) Charles Bukowski, que eu não conhecia e passei a conhecer um pouco por causa deles.
Talento eles tem, resta saber se chegarão ao sucesso!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Canícula - 47 do segundo tempo - Netas

Estamos em Porto Alegre a passeio desde ontem. Impressiona o calor que faz aqui, cidade grande, muito asfalto e concreto, servem como acumulador de calor.
Estamos hospedados com meu filho em seu apartamento( ou acampartamento?) de solteiro. É incrível, tudo o que diz respeito à profissão e hobbyes dele, perfeitamente arrumadinhos em prateleiras ou estantes, o resto bagunça total!
Como era de se esperar, toda viagem que se faz tem que ter seus percalços. Tínhamos conversado pelo MSN e eu peguei o seu endereço, anotei junto com os nºs dos celulares dele e do Leandro(genro), pois ambos haviam mudado de endereço.
Coloquei o papelzinho no criado mudo ao lado da minha cama e ainda falei pra Mônica, não posso esquecer disso. Resultado: esqueci, lembrei do maldito papel já perto de Porto Alegre.
Sabia mais ou menos onde o Marquinhos trabalhava pela referências que ele deu, na Érico Veríssimo um pouco adiante do prédio da RBS, chegamos por ali procurei um lugar pra estacionar, sem querer estacionei ao lado do prédio onde ele trabalhava, se ele chegasse à janela teria nos visto! Não lembrava do nº, por fim a Mônica me salvou, quando liguei, mensagem avisando que meus créditos estavam acabando, mas consegui falar com ele e tudo se resolveu!
Saímos para almoçar hoje, circulamos pela cidade até nos decidirmos, Shopping Praia de Belas, ar condicionado, pessoas bonitas, praça de alimentação; comida para todos os gostos.
Mas nossa epopéia não pode ter sucesso sem algum tipo de dificuldade, a nossa foi estacionar!
Entramos com o monza para estacionar no shopping, subida em caracol, as juntas homocinéticas do velho carro protestaram, fazendo o ruído característico (clac, clac, clac) por estar fazendo força numa curva contínua, mas até aí tudo bem!
Em meio a subida os carros começaram a parar, arrancar, parar, sinceramente me deu medo de uma quebra, mas o pior estava por vir! Carros a frente, carros atras e o monza apagou!
Dificuldade pra fazer pegar, o carro de tras grudado no bundão do monza, tive que resolver no braço, mas no final deu tudo certo!
Chegamos ao estacionamento, no topo do prédio, a céu aberto, termômetro marcando 33º celsius, pensei vai tranquilo a 50º internamente na volta do almoço.
Entramos, e oh delícia! Temperatura ambiente cerca de 20º, movimento normal e não a agitação que esperávamos, tudo numa boa!
Mas o que eu queria contar mesmo é que aos 47´ do segundo tempo, depois que eu já havia entregue os pontos e estava me preparando pra viajar completamente só pra cá, o acaso, destino ou seja lá que for interferiu em minha vida.
Voltando um pouco, na sexta feira anterior, chegou correspondência pra Mônica, o normal depois da separação era entregar na secretaria da escola onde era recolhida pelo Uiliam(filho), porém esqueci, sábado de manhã resolvi enfiar as cartas por baixo da porta da casa dela, quando chego lá, ela estava na porta com a cachorrinha, ou seja, entreguei as cartas em mãos.
Bastou um olhar.
Depois já em casa recebo uma mensagem, falando de saudade e outras coisas, combinamos de conversar cara a cara. Resultado, cá estamos a passeio.
A verdade é que gosto desta pequena demônia, acredito que esta é a última chance pra nosso amor, então, temos que fazer dar certo, os dois!
Voltando ao almoço.
Depois de circular por quase toda a praça de alimentação nos decidimos (na verdade eu decidi) por almoçar na Petiskeira, pois já havia comido lá e sabia que a comida era boa.
Decidi por entrecot acompanhado de fritas, arroz, ovo estrelado e farofa, para beber, uma coca bem geladinha, muito bom!
À noite fomos na casa do Leandro, ver as netas e todo o pessoal que estava por lá, confesso que estava apreensivo quanto a forma que seríamos recebidos, afinal a separação deles é recente e há mágoas e coisas não resolvidas, porém correu tudo dentro da normalidade. Revi e matei saudades de minhas pretinhas, fiquei um pouco preocupado com Fernandinha que está com um sobrepeso regular, mas vi que a avó se encarregou de fazê-la emagrecer, também notei que a Vivian está mais retraída, demorou a se aproximar de mim.
Vou colocar as fotos no Orkut depois.
O churrasco estava muito bom, afinal o açougueiro sempre escolhe as melhores carnes pra si, né? Hehehehe
Assim vamos; hoje dormimos a manhã toda e estamos resolvendo se vamos sair. Acho que vamos ver um filme no Shopping da Barra.
Chove lá fora e está mais fresquinho.


domingo, 19 de dezembro de 2010

Estatísticas

Estou impressionado!
Descobri as estatísticas do blog!
Com gráficos, tabelas, mapas, mostrando quantas pessoas lêem o meu blog e em que lugar do planeta eles estão, já são mais de 2100 visualizações desde que comecei!
Olhei o mapa mundi, Brasil, Argentina, Itália, EUA, Rússia, Europa Ocidental, Ásia!
Lógico que perto de blogs famosos, eu sou minúsculo mas me impressionou a capilaridade, o alcance que tem isso! A pessoa digita uma palavra manda pesquisar e pimba! Lá estamos nós!
Hehehehe! Estou feliz com isso!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O grande fiasco

O meu time do coração vai disputar o 3º lugar no mundial interclubes.

Nada mais merecido.
Quando houve aquela mega festa na véspera da viagem a ABu Dabhi, comentei com amigos que estava errado, festa se faz na volta depois de se sagrar campeão.
Não deu outra, fiasco completo diante de um adversário no mínimo inocente. Incompetência e impotência, congelamento emocional dos craques do time, treinador autosuficiente cometendo equívocos nas substituições, deu tudo absolutamente (lembrando o filme) errado.
Viramos chacota, o goleiro Kidiaba celebridade mundial às nossas custas!
E os gremistas, por tanto tempo sendo corneteados por nós, gozando com o emprestado p.. africano.

A longa despedida

Hoje me dei conta.
Estou a seis meses me despedindo do meu último amor, algumas vezes saudoso dos bons momentos, em outras revoltado ou irado com coisas que aconteceram.
Mas seis meses é muito tempo pra ficar pensando em alguém que não te quer mais, não acha?
Bola pra frente irmão, deixa isso pra lá!
Como disseram Evanise/Fábio( fico feliz em ter ajudado a unir estes dois!), a gente só estará completo quando encontrar alguém que te complete e só se completará alguém que se aceite e esteja em paz consigo mesmo.
Como disse outro dia, vou viver a vida, com simplicidade, paz e valorizando muito os amigos!
Não vou ter pressa, não vou me afobar por estar só, vou deixar o tempo passar e deixar acontecer ao natural. Tenho que cuidar da minha saúde, que andei negligenciando muito, cuidar dos dentes e da diabetes, melhorar a minha alimentação( tenho comido muito e errado).
Tenho que praticar exercícios físicos ou dançar, muito.
Tenho dançado bastante, mas não encontro nestes locais o amor que procuro, talvez esse não seja o local onde vou conhecer alguém adequado. Disse um conhecido, num desses bailões que frequento: "Não é aqui que vais encontrar uma mulher pra casar!"
Estou com um pressentimento de que vou conhecer alguém especial, alguém definitivo em minha vida, alguém cuja beleza não seja somente externa, mas de uma beleza interior luminescente e iluminadora, alguém que me traga a tranquilidade da completude, que me faça saciado de amor, atenção e carinho. Só não sei em que local a encontrarei!
Eu preciso voltar a conversar com Deus, indo ou não ao templo, nas minhas conversas com Deus atualmente só tenho pedido proteção aos meus pais, meus velhinhos queridos e que, no momento, tem a mim para preservá-los, preciso orar e pedir por mim também. Existe a mensagem divina que diz: "Peça e te será dado." Vou pedir.
Preciso pensar na minha aposentadoria, pensar no meu futuro, pensar nos meus filhos( a quem a separação dos pais desnorteou, pouco/muito não sei), pensar nos meus netos espalhados por esse país continente.
Estou meio congelado emocionalmente, preciso viver!


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Poeminho de adeus sem jeito

Hoje vi você
a saudade bateu forte
doeu fundo no meu peito
e eu que achava
nada mais sentir
que a minha sorte ao meu jeito
eu procurava
era mentir
pra esconder
que não pude escolher
para mim a melhor sorte
hoje vi as fotos
as últimas de nós dois
lá só estavas de corpo
o olhar dizia tudo
que aconteceria depois
era um amor
moribundo
se despedindo
afundando
nada pudemos fazer
tinha que acontecer
do jeito que aconteceu.
Adeus!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Vou viver a vida


Eu não vou pensar mais nos amores passados!
Não vou pensar nos erros cometidos, nos momentos em que devia calar e falei coisas inoportunas.
Não vou pensar nas coisas que ouvi, não dei importância e descobri depois que eram verdade.
Chega de viver sob o suplício das dúvidas, das desconfianças, da incerteza.
Meu mal é me doar integralmente, quando estou com alguém, eu sou dessa pessoa e é aí que me perco, me arrebento.
É um erro recorrente, o aprendizado é lento, difícil abandonar velhos hábitos, talvez eu morra praticando os mesmos velhos erros, homem romântico e crédulo.
Dizem: Cavalo velho não aprende truque novo!
As mulheres evoluíram, adaptaram-se, são mestres nestes jogos onde nós homens somos meros aprendizes, nós sempre perdemos de goleada.
Querendo elas nos trazem pela ponta do nariz, como reprodutores numa exposição, engambelam-nos direitinho com meia dúzia de caras e bocas e um pouquitinho de carinho; pronto lá vamos nós, de quatro, abanando o rabinho, felizes e contentes atrás da dona!
Vou me dedicar a viver o que me resta de vida mais tranquilo, com mais paz. Vou valorizar os amigos, eles são a base pra que não sejamos solitários, nem amargos.
As decepções doem, mas são lições de vida.
Porém não me arrependo de nem uma das minhas atitudes, o que fiz está feito, se não foi bom, foi lição, também não quero guardar mágoas nem rancores, isso não é bom pra alma nem pro corpo.
Vou viver a vida....

sábado, 4 de dezembro de 2010

Mulheres Calipígias

Vênus Calipígia é conhecida pelas nádegas perfeitas, obtidas junto ao deus Zeus em troca de favores proibidos, diz a lenda.
Eu, e todos os restantes 100 milhões de brasileiros homens, admiramos, cultuamos e festejamos essa parte da anatomia feminina; não é por menos que vemos nas academias a mulherada se matar em exercícios que firmem, arredondem e dêem volume a seus derriéres.
Isso quando é possível só com exercícios, colocar em evidência, essa parte anatômica.
Quando não é possível, recorrem às plásticas e ao silicone.
Mas porque dessa introdução, que deixa claro ser eu admirador de nádegas, bundas e traseiros femininos?
Existem métodos e teorias que contemplam o assunto, fazem classificações e vão ao fundo (as vezes literalmente) da questão.
A minha preocupação inicial é estética; babo-me todo ao apreciar visualmente um bumbum feminino! Parados, em movimento, correndo, dançando, nadando, na praia, na serra, no campo, em qualquer lugar!
Eu gosto mesmo! Acho bonito, atraente, sensual! Eu sinceramente não sei o que as mulheres pensam quando a gente fica olhando, mas acho que, no geral, elas gostam, caso contrário não se esforçariam para deixá-los mais belos!
O supra sumo dessa admiração nacional se traduz nas mulheres frutas, e delas o expoente maior é a mulher melancia que levou a proporções quase absurdas o tamanho dos glúteos e milhares de homens quase ao paroxismo diante das exibições que a moça faz!
Mas observem, meus caros amiguinhos(as) existe um complemento que é absolutamente necessário para que a admiração chegue ao máximo. A mulher tem que ter cintura, de preferência a famosa cinturinha de vespa. Só assim, fica garantida a relevância naturalmente merecida.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Estar só

Oh, yes

existem coisas piores que
estar sozinho
mas com frequência demoramos décadas
pra percebermos isso
e com mais frequência
quando conseguimos
é tarde demais
e não tem nada pior
que
tarde demais.

Charles Bukowski , tradução Gerson Dallacorte, meu sobrinho.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eu quero uma mulher que pense assim!


Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já

Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem data
Chega mais cedo amor
Eu finjo que não esperava

Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já

Autor Desconhecido