quinta-feira, 27 de setembro de 2018

De volta à vida

No dia 1º deste mês de setembro, dei entrada no Hospital UNIMED aqui de Ijuí com pneumonia severa nos dois pulmões. Isso aconteceu pela combinação de fatores inerentes à condição de ser homem,e, portanto se achar indestrutível, além de ser.muito teimoso como só os Carvalho sabem ser.
Mas o fato de ir ao hospital tem uma historinha;  peguei uma "gripezinha" uns 3 meses antes, que não curou em 7 dias e virou uma "tossezinha" renitente que tentei curar com remédios caseiros (chá de guaco com mel, limão e gengibre), isso funcionava mais ou menos pois eu conseguia dormir bem (porém a minha filha ao notar que a gripe não curava recomendou várias vezes que eu fosse ao médico, o que o "cabeçudo" aqui não ouviu, a pneumonia já se instalara).
No final de 3 meses, com os pulmões tomados por uma infecção bacteriológica(soube depois), já não conseguia respirar  direito à noite o que me levou a decidir ir ver um médico.
Mas tudo que está ruim sempre pode piorar, né?
Então, na madrugada de sexta para sábado dia 1º caiu um temporal em Ijuí, a calha do telhado (soube  depois) estava entupida de folhas, a água caiu no forro e acabou inundando a casa, fiquei das 3h até as 5:30h da manhã puxando água de rodo para fora, dava 4 passadas de rodo e sentava pra respirar.
Mas tudo que está ruim sempre pode piorar, né?
Descansei um pouco e decidi ir ao hospital; uma chuvinha fina caia, entrei no carro e parti, ia sozinho pois achava que seria medicado e voltaria para casa, azar o meu, o temporal havia arrastado pedras para cima da pista da avenida e bati a roda dianteira numa pedra enorme, tive que parar para trocar o pneu, estava tão cansado com falta de ar que levei uma meia hora pra fazer isso.
Por fim cheguei ao hospital, relatei minha situação e o médico de  plantão mandou fazer um raio x  dos pulmões, quando se constatou a gravidade do meu estado, consequentemente fui internado  e minha irmã chamada ao hospital para assumir a responsabilidade da internação. 
Enquanto isso acontecia, fui levado para o quarto onde deveria receber o tratamento, e então, muito assustado, tive uma crise respiratória o que me levou a "apagar" completamente (aqui faço conjecturas: tive uma parada respiratória?, desmaiei?).
Acordei em outro ambiente, com uma técnica em enfermagem me prestando cuidados ininterruptos, perguntei onde estava; "na UTI" respondeu ela, perguntei que dia era; "quarta-feira, o Sr. esteve inconsciente(sedado) por 4 dias", respondeu a menina. resumindo o que soube depois: tomei injeções de adrenalina, recebi massagem para ativar o coração que estava fibrilando, fui ligado a uma máquina que injetava oxigênio direto nos meus pulmões, tinha tubos de vários calibres injetando todo tipo de remédios, alimentação, soro, montaram uma barraquinha soprando mais oxigêni sobre mim... uma coisa incrível!
Meu filho estava me acompanhando (se abalou de Porto Alegre para me cuidar), recebi visita de pessoas queridas, recebi cuidados do pessoal da UTI todos muito atenciosos e competentes, fiquei ali por 7 dias, e fui liberado para ir para o quarto.
Fiquei mais três dias me recuperando e tive alta hospitalar.
Logicamente agradeço ao Hospital UNIMED, ao médico Dr. Sartori que me salvou dessa, e em especial a todas as meninas da enfermagem que tão bem me trataram, com competência e simpatia, sou muito grato a todos. 
Agradeço ao meu filho e à minha irmã pela dedicação e cuidados, gratidão eterna.