quarta-feira, 19 de agosto de 2015

José Ivo Sartori - Conhecido como o Polentón - Parte II - A Greve

Cá estamos novamente, de volta da assembléia geral da categoria-CPERS, da declaração de greve, da unificação com todo o serviço público estadual na greve, e da retaliação por parte do governo.
Assembleia do CPER - 18000 professores (estimativa minha)

Assembleia Unificada - 30000 servidores (estimativa da Brigada Militar)

O governo queria esta greve, assim poderá, alegando a insurgência dos funcionários, cortar o ponto (já fez) para não precisar pagar os salários, poderá demitir alguns (não todos porque já há falta de pessoal), e poderá argumentar que para cumprir com as despesas do estado só vendendo o (que restou) do patrimônio público. O pulha está seguindo direitinho a cartilha!
O que vai ficar difícil é explicar/justificar como vai fazer isto, pois é esse justamente o motivo de todo esse levante que está havendo contra o seu (des)governo!
Sartori, o "polentón", é da pior laia entre todos os políticos, falso, covarde, interesseiro, sustentado e apoiado justo por quem deveria combater, os grandes sonegadores,a mídia corrupta e golpista, os grandes empresários que financiaram a sua campanha. Observando a fala do sujeito ao final da tarde de ontem, é possível ver o quanto de cinismo tem na argumentação, "todos sabem das dificuldades que temos para manter o pagamento dos servidores em dia, inclusive "cortamos na própria carne" para poder fazê-lo".
Carne de quem, cara pálida? Por acaso seu salário não foi aumentado? Os deputados não tiveram seus salários aumentados? Os secretários de estado não tiveram seus salários aumentados? Sua esposa não foi nomeada para um alto cargo pelo senhor? Os CC´s nomeados pelo senhor às centenas com gordos salários? Todos estes não são pagos religiosamente em dia, chova ou faça sol? O judiciário (intocável), não teve aumento e seus salários não são pagos em dia?
Quem de fato está sendo cortado na carne? O bode expiatório de sempre, os mais fracos nesta cadeia, os que terão seus salários arrochados por 4 longos anos, os que terão suas reivindicações jogadas para as calendas (sim existe uma pauta de reivindicações buscando corrigir as deficiências em todas as áreas ). Mas isso o desgoverno finge ignorar, cria  a situação do "bode na sala" através do atraso/não pagamento de salários e depois vai para a imprensa dizer que "não existe motivo para a greve", uma vez que o salário já foi pago. Só foi pago depois que o STF chamou o indivíduo "na chincha" ameaçando-o de prisão e intervenção no estado, aí ele pagou! Esse tipo de declaração marota/mal intencionada leva a opinião pública a pensar que somos um bando de mercenários, já que o "coitadinho" tá se rasgando para pagar o salário desses ingratos que, mal agradecidos, ainda fazem greve. Sartori, (des)governador, nós paramos não foi só pelos salários (problema que você criou), paramos por uma pauta inteira de reivindicações que o senhor faz de tudo para esconder/ignorar, paramos porque não queremos a sua utopia do"estado mínimo", paramos porque não queremos a falta de segurança, a falta de atendimento a saúde, a destruição de entidades de pesquisa, a destruição da educação como um todo, paramos porque não aceitamos esse seu "mimimi" de que não há condições financeiras para manter como está; isso é conversa de uma pessoa despreparada para governar o estado, isso é conversa de pessoa tosca, obtusa, subserviente e mal-intencionada, palavra de quem quer vender as empresas que restaram a preço de banana para seus queridos financiadores de campanha.
O único ponto positivo neste imbróglio todo foi que houve uma inédita união de todos os ramos dos servidores do estado contra você, Sartori!  Conselho de amigo: Já que você se mostrou totalmente incompetente para gerir o estado com sobriedade e sabedoria, faça o seguinte: PEGA TEU BONÉ E PEDE PRA SAIR porquê  NEM OS QUE VOTARAM EM VOCÊ TE AGUENTAM MAIS!
 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O "polentón"

Faz muito tempo que não escrevo, porém a atual situação em que nós, professores, policiais civis e militares, pessoal da saúde e demais servidores do estado estamos, me trás de volta ao teclado. Acontece que nas últimas eleições, se alçou ao cargo máximo de nosso estado, um indivíduo, político profissional, que foi eleito sem fazer promessa nenhuma aos seus eleitores. O pessoal, como eu e outros veteranos, prevendo onde isso ia dar, foi contra, tentando alertar o povo para o cheque em branco que estavam passando pra raposa velha.
Não adiantou, ele se elegeu, e, imediatamente, começou a por em prática tudo aquilo que havíamos avisado que ia acontecer. Uma das primeiras medidas, além da choradeira tradicional de seu partido, dizendo não haver recursos, foi a de congelar os salários do funcionalismo (professores inclusos). Provavelmente ficaremos sem aumento até o fim do mandato do energúmeno. Outras medidas contemplam extinção de fundações, privatização de empresas estatais, interrupção de pagamento de promoções, retiradas de direitos dos professores, e mais e mais....
O CPERS- sindicato, entidade que congrega os professores deste estado, no início de janeiro encaminhou uma pauta contendo as medidas que esperam  nesse governo. Vendo o tamanho das reivindicações, e não querendo contemplá-las (alegando não poder), o intrépido "polentón" bolou um plano para desviar as atenções: "vou parcelar os salários" assim o povo briga para ter seus salários pagos em dia e esquece a pauta de reivindicações!
Como a reação foi muitíssimo maior do que ele esperava e com uma inédita união de todos os sindicatos atingidos apontando para uma greve geral do funcionalismo no Rio Grande do Sul, o governador resolveu pagar o saldo do salário de uma vez só, tentando esvaziar a greve. Entretanto o funcionalismo não esqueceu a pauta, o parcelamento/atraso de salários é só mais um componente, estamos para ver a maior greve dos  pampas de todos os tempos. Não esqueçamos que os salários dele, dos integrantes da assembléia legislativa, seus secretários, tiveram aumento muito acima da inflação e são pagos em dia! Esse é um dos (incendiários) motivos que levam todos à indignação, eles se protegem e depois vem pedir compungidamente que ofereçamos nossa cota de sacrifício?!