quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Loura

Era uma loura.
Aquele tipo nórdico, tão comum nesta cidade do interior gaúcho que é uma miniatura da europa.
Alta, longas pernas, tipo gostosona, ou seja, bons peitos e nádegas, cinturinha, rosto angelical, sorriso de dentes perfeitos, jeito tímido.
Quando adolescente, pais rígidos e tradicionais, acabou grávida do primeiro namoradinho que furou o bloqueio por eles criado. O rapaz ao sabê-la grávida, fugiu, escafedeu-se, evaporou. Oh, dor! Oh, vida! Que decepção!
Tornou-se uma mulher amarga, desconfiada de todos os homens do mundo.

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