terça-feira, 12 de outubro de 2010

Expoijuí-Fenadi

Todo ano, desde que voltei pra Ijuí, a cada feira, pelo menos uma vez vou lá e janto em uma das casas típicas, a fim de saborear os pratos típicos de cada etnia.
É uma riqueza que só os ijuienses tem o prazer de aproveitar, mas que oferecem alegremente pra todo visitante que chegar.
Quando eu era guri, achava que por toda parte era assim, uma mistura de povos de origens diferentes. Com o passar do tempo fui descobrindo que não, a politica de colonização era diferente, enfiavam uma leva de imigrantes do mesmo país tudo num lugar só e por isso temos os gringos na serra, os alemães nos vales, etc.
Com Ijuí foi diferente, eram outros tempos, precisavam acomodar os descendentes das colônias velhas e haviam levas pequenas de imigrantes de toda Europa que fugiam das guerras.
Mal sabiam esses dirigentes a riqueza que estavam legando a essa cidade; então ao lado dos alemães e italianos, temos holandeses, letos, russos, polacos, árabes, austríacos, suecos, negros, espanhóis, portugueses, e os gaúchos, representando o caldeamentos dessas raças que formaram nosso povo.
Costumes e crenças diferentes, alimentação, tradições, cultura formaram um caldeirão que gerou um povo diferenciado, somos bem diferentes da população das cidades ao redor, todas colonizadas práticamente por descendentes de portugueses. Nada contra meus patrícios, mas dá pra ver nitidamente a diferença no desenvolvimento, na cultura, na educação.
Lembro de meus colegas de CEAP, no "ginásio", Guimarães, Bergson, Fluck, Schmidt, Steinke, Wickert, Grammachek, Kaminski, Kriskzun, Ceratti, Benitez, Karlinski, Boger, Montagner, François, Garay, Fontoura, Vontobel, Schroer, Krutul, Witzke, Khun, Ketenhuber, Van der San, Faust, Schneider, Muller, Kirst, Bergel, Piccinin, Reufsaat, Thomé da Cruz, uma salada de sobrenomes das mais diferentes origens.
Mas voltemos à Exposição/Feira, desta vez não pude saborear o carro chefe da culinária típica espanhola, a famosa Paella porque nela temos crustáceos como o camarão e, assim como meu primo Dudu é alérgico a ovo, eu sou alégico a camarão e afins, e apesar de adorar o malfadado camarão, se comê-lo vou direto pro hospital. Me contentei com pratos menos perigosos e, depois, saboreando uma Heineken geladinha, assisti as apresentações das danças.
A graça das meninas, agitando saias, elaborando filigranas com as mãos e tocando castanholas é algo de uma beleza fenomenal. Diga-se de passagem, as danças mais sensuais e de uma plástica excepcional são, pela ordem: as Árabes, as Espanholas e as Afro; as demais interessam por mostrar através da dança o cotidiano de cada país, como a dança dos lenhadores alemães.
Outra coisa interessante são as vestimentas tipicas de cada país, revelam a riqueza e a criatividade desses povos.
Por fim, na feira só jantei porquê os preços dos objetos à venda são proibitivos para esse humilde e assalariado professor.

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