sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Conversando

Hoje minha filha e os netos M.ª Fernanda, M.ª Paula e Davi atravessaram a rua e vieram nos visitar, conversamos, tomamos mate, os pequenos soltos pelo piso da cozinha.
Lembrávamos de coisas de escola deles (filhos) e minhas; que professores nunca esquecemos, quem aprontava no colégio e assim por diante.
Minha neta vai estudar na mesma escola (Escola Técnica Parobé - POA) onde me formei Técnico Mecânico, profissão que até hoje põe o pão na minha mesa. Mas vamos aos professores que não esqueci: Dulce Centeno, alfabetizadora, baixinha, gordinha e elétrica, a mulher que me introduziu ao mundo maravilhoso das letras,  me ensinou o Bê a Bá e os primeiros números; eu a adorava de forma incomensurável, tanto que, ao passar para o 2º ano primário  não aceitei a nova professora pois pra mim só existia uma, a profe. Dulce. Isso, durante um mês causou um transtorno considerável pois todos os dias eu ia para o castigo e estava levando a professora à loucura me recusando terminantemente a fazer o que ela mandava. Ao final de um mês chamaram minha mãe e reunidas (Diretora, Profª Dulce, Profª do 2º ano e Dª Mimi) traçaram as estratégias para fazerem o rebelde renitente( eu!) voltar aos trilhos. A tática foi escalar Profª Dulce para tentar me convencer a aceitar a nova professora, todas deram um pitaco, e por ultimo Dulce docemente me explicou que assim era a vida, pra frente é que se anda, as coisas mudam e que eu obedecesse à nova professora e eu iria ver que ela era boazinha também. Me convenceu, daí pra frente tudo correu bem!
Viviane lembrou do colégio da freiras onde estudou, havia lá uma freirinha magrinha, ministrava matemática e dizia que quem tivesse alguma dificuldade era só pedir que ela ajudava, boa alma era ela! Mas havia um problema; o cheiro intenso de cebola no hálito e embaixo dos braços, todos os que pediam ajuda ela se aproximava para explicar e envolvia a vitima naquele odor sufocante de cebola enquanto tirava detalhadamente a dúvida da criatura. Todos pediram ajuda uma vez só!
Como continuaram a ter dúvidas tiveram que combinar uma tática para driblar o budum obtendo a explicação, e, assim, todos levantavam a mão e pediam pra caridosa freirinha explicar a dúvida no quadro mesmo pois assim todos entenderiam! No final do ano, despedindo-se dos alunos a ela deve ter estranhado que os alunos a abraçavam e rapidamente se afastavam.
Nos anos iniciais tive dificuldade com matemática, o problema persistiu até que eu chegasse à faculdade. Na universidade o 1º semestre era chamado de básico (uma revisão caprichada de português e matemática, além de outras matérias), O professor de português de sobrenome Furasté (auto denominava-se o Furastezão, para engulhos das garotas da turma), magro, narigudo, feio que nem congestão de torresmo, porém com conhecimento considerável da matéria, apostava (turmas de 50 alunos) pagar um churrasco para a turma toda se alguém acertasse todas as 20 palavras que ele iria ditar, em caso contrário pagariam para ele na churrascaria que ele escolhesse! Palavras com dois ss, ç, rr e assim por diante. Consta que nuca pagou pros alunos.
Matemática eu não lembro o nome da professora, foi o semestre mais produtivo para mim, coisas básicas que eu não conseguia entender clarearam (acho que era a forma com que ela explicava, sei lá) e fiquei com média altíssima e tive bem menos problemas daí pra frente. Ainda há outras lembranças que irei postar em outro dia. Hasta!

2 comentários:

  1. Muito bom, a primeira professora a gente nunca esquece. Apenas para corrigir, se me permites, nossa alfabetizadora era Dulce Penno. Beijos.

    ResponderExcluir