Por Francisco Carlos Miranda de Newton Luiz Finato
Conversa entre amigos:
Francisco C. Miranda: Vi esse vídeo. É tudo igual ao de sempre. Tenho uma teoria sobre corrupção no Brasil.
Essa mazela faz parte do DNA do brasileiro. Existe desde o descobrimento - que de descobrimento nada teve - o engodo já começou lá.
Corrupção é como samba e futebol. A maioria gosta e participa. A minoria que diz não gostar, na hora do samba fica marcando o compasso batendo o pezinho e na hora do futebol fica na frente da TV.
Já estou velho demais para acreditar que este país vá mudar.
Newton L. Finato: Antes de fazer essa afirmação tão peremptória “Essa mazela faz parte do DNA do brasileiro” gostaria que desses uma olhada nesse dois links:
Essa mazela faz parte do DNA do brasileiro. Existe desde o descobrimento - que de descobrimento nada teve - o engodo já começou lá.
Corrupção é como samba e futebol. A maioria gosta e participa. A minoria que diz não gostar, na hora do samba fica marcando o compasso batendo o pezinho e na hora do futebol fica na frente da TV.
Já estou velho demais para acreditar que este país vá mudar.
Newton L. Finato: Antes de fazer essa afirmação tão peremptória “Essa mazela faz parte do DNA do brasileiro” gostaria que desses uma olhada nesse dois links:
Nestes vídeos: no programa Vida Inteligente, o entrevistado fala da verdadeira história do Brasil e afirma que não somos um bando de criminosos banidos de Portugal. Assim, parece-me que não é uma simples questão de DNA, mas fatores sociológicos mais complexos.
Depois de assistir os vídeos, acho que poderíamos falar com mais conhecimento de causa.
Francisco C. Miranda: Toda a generalização é burra - sei disso! O que eu disse é uma forma de expressão - Todo Brasileiro....
Mas acontece que essas mazelas historicamente acompanham a evolução social brasileira, desde que se instalaram os portugueses. As mazelas latino americanas tem origem na cultura colonialista aqui implanta pelas duas potências dos mares do século 14, Espanha e Portugal.
O que me entristece é que não se consegue fazer nada para mudar esse estado de coisas. Há claramente um interesse político em que tudo permança como está e não interessa a ideologia ou a cor partidária. Salvo raras e limitadíssimas exceções, a maioria briga pelo poder para, em la chegando, "arrumar-se na vida".
Isso é muito triste. Quando de minha estada na Espanha, em um almoço do qual participavam três empresários amigos de meu amigo Thomaz (em cuja casa estava eu hospedado), me perguntaram como estava a situação no Brasil?
Respondi que a situação politica era estável, a democracia funcionando a pleno, os poderes da república instalados e teoricamente independentes e a situação econômica com razoáveis sinais de desenvolvimento. O problema, destaquei, é a imensa corrupção que assola o país.
Respondeu-me um deles - Isso não é privilégio de vocês. Nós também temos aqui na Espanha e na Europa, como um todo. A diferença é que aqui tem lei e a lei se cumpre.
Por que é que os outros países têm leis e as leis se cumprem? E por que aqui não se consegue fazer a lei e quando é feita não é respeitada?
Porque faz parte da cultura aqui implantada pela colonização, o espirito da exploração, da vantagem individual.
Os Estados Unidos começaram a se desenvolver como nação, poucas dezenas de anos após o Brasil e em pouco tempo tornaram o que são hoje. É que para lá foram os Quakers, não para explorar as riquezas na nova terra (como fizeram espanhois e portugueses) mas sim para construirem um novo mundo destinado a lá viverem e criarem seus filhos, longe das perseguições políticas reinantes na Inglarterra de Henrique VIII.
Aqui, ao contrário, forjou-se a cultura da exploração dos recursos naturais (para enriquecer a coroa e a igreja) e cultura do individualismo e do privilégio. E assim tem sido, desde os tempo do "descobrimento". É a isso que chamo de DNA do brasileiro. Te confesso que sou um desencantado com esta terra, linda e abençoada por natureza. Corrijo-me: Não com a terra, mas com os homens que aqui habitam. Paises outros, sobretudo do extremo oriente, que a 50 ou 100 anos estavam em igualdade de desenvolvimento social com o Brasil, nos ultimos 40/50 anos investiram pesadamente em educação e, com isso, rapidamente mudam sua condição (China, Coréia, Taiwan, Cingapura, etc) de meros exportadores de matérias primas para exportadores de produtos de alta tecnologia com alto valor agregado.
Por que no Brasil não se consegue fazer isso? Parece que as classes dominantes (e novamente de todos os matizes ideológicos) temem a cultura e o desenvolvimento, porque o povo talvez deixe que querer apenas pão e circo (leia-se futebol e samba, essencias da cultura tupiniquim).
Mas acontece que essas mazelas historicamente acompanham a evolução social brasileira, desde que se instalaram os portugueses. As mazelas latino americanas tem origem na cultura colonialista aqui implanta pelas duas potências dos mares do século 14, Espanha e Portugal.
O que me entristece é que não se consegue fazer nada para mudar esse estado de coisas. Há claramente um interesse político em que tudo permança como está e não interessa a ideologia ou a cor partidária. Salvo raras e limitadíssimas exceções, a maioria briga pelo poder para, em la chegando, "arrumar-se na vida".
Isso é muito triste. Quando de minha estada na Espanha, em um almoço do qual participavam três empresários amigos de meu amigo Thomaz (em cuja casa estava eu hospedado), me perguntaram como estava a situação no Brasil?
Respondi que a situação politica era estável, a democracia funcionando a pleno, os poderes da república instalados e teoricamente independentes e a situação econômica com razoáveis sinais de desenvolvimento. O problema, destaquei, é a imensa corrupção que assola o país.
Respondeu-me um deles - Isso não é privilégio de vocês. Nós também temos aqui na Espanha e na Europa, como um todo. A diferença é que aqui tem lei e a lei se cumpre.
Por que é que os outros países têm leis e as leis se cumprem? E por que aqui não se consegue fazer a lei e quando é feita não é respeitada?
Porque faz parte da cultura aqui implantada pela colonização, o espirito da exploração, da vantagem individual.
Os Estados Unidos começaram a se desenvolver como nação, poucas dezenas de anos após o Brasil e em pouco tempo tornaram o que são hoje. É que para lá foram os Quakers, não para explorar as riquezas na nova terra (como fizeram espanhois e portugueses) mas sim para construirem um novo mundo destinado a lá viverem e criarem seus filhos, longe das perseguições políticas reinantes na Inglarterra de Henrique VIII.
Aqui, ao contrário, forjou-se a cultura da exploração dos recursos naturais (para enriquecer a coroa e a igreja) e cultura do individualismo e do privilégio. E assim tem sido, desde os tempo do "descobrimento". É a isso que chamo de DNA do brasileiro. Te confesso que sou um desencantado com esta terra, linda e abençoada por natureza. Corrijo-me: Não com a terra, mas com os homens que aqui habitam. Paises outros, sobretudo do extremo oriente, que a 50 ou 100 anos estavam em igualdade de desenvolvimento social com o Brasil, nos ultimos 40/50 anos investiram pesadamente em educação e, com isso, rapidamente mudam sua condição (China, Coréia, Taiwan, Cingapura, etc) de meros exportadores de matérias primas para exportadores de produtos de alta tecnologia com alto valor agregado.
Por que no Brasil não se consegue fazer isso? Parece que as classes dominantes (e novamente de todos os matizes ideológicos) temem a cultura e o desenvolvimento, porque o povo talvez deixe que querer apenas pão e circo (leia-se futebol e samba, essencias da cultura tupiniquim).
by
at 10:52 pm
Passando para te dizer que estou com um novo blog e esperando a tua visita por lá. Anota o link aí e apareça!
ResponderExcluirCOLCHA DE RETALHOS
http://colchaderetalhos13.blogspot.com
Beijo