Outra das pescarias dos seu José, do tempo em que eu nem era nascido, a mais ou menos 60 anos atrás.
A Cia. Souza Cruz, que trabalhava com fumo e cigarros, na entressafra dava férias coletivas a seus funcionários, e, era nessas oportunidades que eles aproveitavam pra ir, em um grupo grande, pescar e caçar.
Foram numa dessas fazendas das missões, onde já eram conhecidos e tinham um trato com o capataz.
Assim que chegaram, foram recebidos pelo cidadão, que, rente como pão quente, deu adeus a todos e cobrou: "Onde está o remédio?"
Imediatamente sacaram um garrafão cheio, onde brilhava, olorosa, a pura caninha de alambique, que entregaram ao, já sorridente, cidadão.
E o índio não se fez de rogado! Sacou a rolha de imediato, tomou um gole murrudo e passou o garrafão adiante, cada um tomando o seu. Tava liberada a entrada na fazenda!
Fizeram as coisas de praxe, acamparam, alguém ajeitou uma bóia, comeram e foram providenciar a pescaria.
Na boca da noite, com a canoa, colocaram redes, esperas, espinhéis e pescaram um pouco, depois, cansados foram dormir.
No dia seguinte, assim conta seu José, foram com a canoa fazer a revisão. Seu José na proa, ia erguendo a rede e tirando os peixes capturados, porém, lá pelas tantas, começou a encontrar os peixes mastigados ( ficavam chatinhos como se alguém tirasse todo o sumo do bicho) e furos na rede, alguém disse, tem jacaré por aqui.
Seguiram revisando, quando perto do barranco o bichão se apresentou, abriu aquela boca enorme e roncou grosso ( seu José abre os braços imitando a boca do jacaré e imita o som do ronco) assustando os pescadores. Foi aquela gritaria! Acorreram os demais, espingarda em punho, voltam com a canoa pra perto do barranco e seu José puxa a rede pra cima.
Incomodado em seu desjejum, o jacaré abre o bocão, ameaçando os pescadores.
Do barranco, alguém alveja o sáurio bem na goela. Depois de dar umas rabanadas, o jacaré morre e, com esforço é arrastado pro barranco, medem-no, é enorme, o papão amarelo.
Ignorantes de que o bicho é comestivel, abandonam a carcaça, sem tirar uma lasquinha sequer da carne branca e saborosa!
Cruz credo, que medo! ainda bem que eu era pequenininha e tava em casa, junto da mãe....no quentinho e no conforto! estão bons teus textos,....
ResponderExcluirVocê nem tinha nascido! Nem eu! hehehehehe
ResponderExcluirDizem que a parte boa do jacaré é comer o rabo. Mas parece que dá uma dor nas costas...
ResponderExcluirhehehehehehe..........não registrei o começo do texto...de fato, não tínhamos nascido ainda...
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