Quando me separei e vendi minha linda casa, no Bairro Tiarajú, acabei comprando, com o dinheiro que me sobrou, uma casinha no Bairro Alvorada.
Bairro pobre, distante do centro, povoado com pessoas humildes, na sua grande maioria trabalhadores. A alguns anos atrás trazia a fama de bairro violento e com assaltos.
Mas, quando eu vim morar aqui isso já tinha diminuido muito, a violência se deslocou para outros bairros. Porém, hoje domingo, acordei ouvindo gritos, voz de homem, agressiva, mandando alguém ir embora e deixar de chatear.
Liguei a tv e deixei pra lá a encrenca. Mas quando levantei, voltei a ouvir, agora o outro, provocando. Retruques, palavrões, desafios, provocações.
Saio para o pátio, vou até o portão e vejo um desconhecido na esquina, claro, magro, alto, com um porrete na mão dirigindo as palavras provocativas ao filho do meu vizinho da frente, que sentado na varanda de casa responde, mandando ele embora. A mãe do rapaz, contumaz encrenqueira, saiu da casa foi até o vizinho e voltou com um relho e mais outro rapaz junto com um cabo de vassoura na mão. A seguir os dois rapazes saem e vão ao encontro do provocador, e aí o camboim cantou, primeiro o do cabo de vassoura bateu e depois o rapaz com o relho agiu aplicando uns três ou quatro rebencaços no provocador, que debaixo de tanto mau tempo bateu em retirada.
Provavelmente o pivô da encrenca é a mãe do rapaz, que tem um comportamento, digamos assim, não muito correto. Provavelmente a mulata teve um "affair" com o brigão, o qual deve ter se encerrado assim que o dinheiro dele acabou. Abandonado, o rapaz quiz brigar, levou a pior.
Normalmente ela mesma sai no braço com os namorados, mas, como esse era bem mais alto e ainda armado com um porrete, passou a responsabilidade para os rapazes.
Do incidente, que apesar de triste, deixou um pouco de comicidade pois o valentão teve que correr depois de quase uma hora de provocações.
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