sábado, 26 de abril de 2014

O boato nefasto da 'bolsa-prostituição'

 Reproduzo aqui para demonstrar o que uma postagem maliciosa pode gerar em termos de repercussão negativa! Não quer dizer que defendo qualquer partido, mas mentir deliberadamente é crime! Isso serve de alerta para que nós, usuarios da net não sejamos tão crédulos sobre tudo o que se posta por aí. Abraço a todos.

BLOGUEIRO MALIGNO

O boato nefasto da 'bolsa-prostituição'

Por Sergio da Motta e Albuquerque em 21/05/2013 na edição 747
A credulidade inocente de boa parte da população usuária das mídias sociais é um risco e um problema que ainda não foi suficientemente abordado pela imprensa. Uma postagem absurda em um blog (10/5) quase desconhecido espalhou-se pela blogosfera, pelo Facebook e o Twitter, e quase convenceu muita gente que o governo federal iria subsidiar garotas de programa em 2 mil reais ao mês. Por alguns dias, muita gente acreditou que a administração Dilma Rousseff iria pagar algum tipo de auxílio às profissionais do sexo.
A Rádio Criciúma (16/5) comentou o bizarro fato, mas não captou a malícia do autor da mentira publicada: “Mesmo a ‘notícia’ sendo totalmente descabida e o blog ser exclusivamente preenchido com textos de humor, muitos internautas compartilharam nas redes sociais, sem conferir a veracidade, causando revolta dos indignados – que também não procuraram se informar, com a suposta ajuda às garotas de programa. Foram tantas pessoas tomando a informação como verídica que levaram à ira a senadora petista Ana Rita (PT), do Espírito Santo”.
O problema é que o blogueiro atribuiu a proposta supostamente aprovada no Senado à senadora do PT, que desmentiu tudo e prometeu colocar a Polícia do Senado atrás do autor da falsa notícia. O diário Estado de Minas (16/5) e a Agência Senado (no mesmo dia) publicaram a notícia. O blogueiro desconhecido, que se identifica como “Joselito Müller, o homem do jornalismo destemido” permaneceu altaneiro e desafiador: “Podem processar que eu não tenho medo”, dizia “Joselito”. Ao mesmo tempo, desculpou-se à senadora, prometeu revelar seu nome e reconheceu o erro.
Sempre a manter o tom agressivo e desafiador: “Devo admitir, vá lá, que foi leviano de minha parte atribuir à parlamentar a autoria de um projeto inexistente.Minha conduta é passível de reparação, caso sua Excelência queira me processar e, no âmbito do processo, comprove que sofreu danos em função de meu humilde post. Redijo o presente não com escopo de me retratar, mas para expressar minha preocupação com o fato de que mentiras descabidas, redigidas em linguagem supostamente jornalística são verossímeis atualmente no Brasil. Isso é um sintoma de que algo vai mal na política nacional, e demonstra que representantes dos poderes da República vêm protagonizando atos capazes de deixar o povo estarrecido. Por isso qualquer absurdo se torna crível no Brasil de hoje em dia!”
Finge ser semianalfabeto
O blogueiro aproveitou a situação para atacar a atual administração, que segundo ele é a principal responsável pela disseminação de mentiras na web. Ele diz-se apartidário e anarquista, mas seu alvo invariavelmente é o PT nas sandices que publica. O homem é perigoso e mal intencionado. É, na realidade, um elemento nocivo ao trabalho de todos os blogueiros políticos sérios que existem no Brasil. Seu blog é um espaço para piadas e brincadeiras de péssimo gosto e inclinações fascistoides. E registra imensa disseminação a partir dele da informação falsa no Facebook e no Twitter.
Quem partilhou aquela imensidade de informação falsa na web agiu com ingenuidade perigosa. E acabou como piada para o blogueiro não-identificado, que debochou de todos que embarcaram em sua loucura. Postou insultos e deboches no Twitter sobre todos os que acreditaram nele. Chegou a enganar algumas rádios do interior do país e muitos e muitos outros blogueiros, além de publicações de pouca importância.
“Joselito” é uma invenção suspeita: esconde-se atrás de uma alcunha e de seu blog, que apresenta fotos falsas como sendo suas. A última usada foi a do falecido ator Warren Oates. O blog mostra ainda um homem apontando uma pistola em direção de quem lê e uma antiga ficha da censura dos tempos da ditadura militar. “Joselito” fez questão de afirmar no Twitter que “não é réu primário” e já cumpriu pena por “por homicídio e extorsão mediante sequestro com resultado de morte”, ameaçou. Ele intimida explicitamente quem lhe faz oposição, a menos que seja uma autoridade. Ele finge ser semianalfabeto, mas quem lê a fundo o que ele escreve vê que a coisa não é tão simples assim: ele conhece a lei, e parece usar um português vulgar como instrumento para esconder sua verdadeira identidade.
“Deficientes cognitivos”
Não é difícil estabelecer um perfil aproximado do “Joselito”:
>> Ele ataca todos os partidos políticos;
>> Proclama-se anarquista, mas isso não é compatível com suas ideias;
>> Tem uma agenda ultraconservadora e uma veia agressiva;
>> Parece também bem sustentado por gente mais poderosa do que o alcance de suas mentiras;
>> Dispara seu fel contra tudo e contra todos;
>> Usa a democracia para desacreditá-la;
>> Segue gente importante no Twitter. De todas as tendências políticas.
Seu perfil sugere conexões com a ultradireita e com os opositores antidemocratas de um governo democraticamente eleito e bem aceito pela população. Mas o homem pode muito bem ser um “franco-atirador” a operar sozinho. Pessoalmente, não acredito nisso, mas é uma possibilidade concreta.
Joselito desmentiu tudo (17/5), quando viu que a coisa estava a esquentar. Mas o fez em seus termos: entre o material publicável que encontrei ele chamou de “deficientes cognitivos” todos aqueles que acreditaram em sua postagem, e depois de desmentir a mesma sobre a senadora e seu suposto projeto de financiamento a prostituição, publicou uma série de links para publicações que fazem oposição sistemática ao governo, incluindo algumas que envolvem a senadora Ana Rita. O blogueiro quase sempre mira o PT em suas postagens.
Postagem maligna
A “experiência” iniciada por “Joselito Müller” demonstra que grande parte dos usuários das redes sociais contenta-se em ler a penas os títulos dos artigos. Depois, se aprovam os mesmos, partilham na mídia social. Mesmo não tendo tido qualquer contato com o conteúdo da postagem. Como foi o caso aqui relatado: a postagem falsa era passada adiante aparentemente sem qualquer verificação ou um mínimo de senso-comum. Principalmente no Facebook. É o que eu chamo, nas redes sociais, de “síndrome de incêndio australiano”: a coisa se alastra com uma velocidade tamanha que pouco há a ser feito. Mas também foi muito mais do que isto: foi uma tentativa de desacreditar as instituições democráticas, um governo eleito, a imprensa e o público incauto das redes sociais que não verifica a autenticidade do que lê e partilha na rede.
Postagens com as do blogueiro que se esconde atrás do nome “Joselito” são comuns na web. Ele mesmo confessou que não esperava tanta repercussão do post. O aumento das visitas em seu blog foi de 1.700% a partir da postagem sobre a suposta “bolsa-prostituição”, segundo a Alexa, o site da Amazon que faz a contagem de visitas e classificação hierárquica dos sites e blogs na web. Antes disso, suas estatísticas eram nem mesmo registradas pela controladora de estatísticas na rede. Também podemos suspeitar que uma postagem daquelas jamais seria tão popular sem a colaboração daqueles que querem a derrocada deste governo a qualquer custa e qualquer meio, seja ele qual for. O título era conveniente, e eles o partilharam na web. Sem ler o que estava escrito. O tiro acabou saindo pela culatra.
O “caso Joselito” serve como alerta contra a excessiva credulidade de boa parte dos internautas que não conferem nada do que lêem na web: se está escrito lá, em tom de notícia séria, então é verdade. Grande parte dos usuários das mídias sociais precisa mudar seu comportamento com relação ao que compartilha nas mídias sociais. O atual padrão de não ler (ou ler parcialmente) o conteúdo é irresponsável: nem tudo que é publicado lá é verdade, e a credulidade de alguns utentes pode ser manipulada para causar problemas de proporções inesperadas e danos de grande extensão a sociedade.
Se os cidadãos contemporâneos também são informadores hoje em dia, é necessário que comecem a comportar-se como gente de imprensa: tudo o que é lido e partilhado deve ser verificado. Não custa nada, não é difícil e com apenas alguns cliques uma mentira pode ser desmascarada facilmente. Em alguns casos não é preciso chegar a tanto: a mentira é tão óbvia que um pouco de bom senso basta. Joselito debochou do povo que acreditou nele. Chamou todos de “deficientes cognitivos”. Agora ficou sem apoio e marcado pelos que foram enganados e ofendidos, os que já desconfiaram desde o início, e aqueles que tomaram conhecimento do caso e condenaram sua postagem absurda e maligna.
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Sergio da Motta e Albuquerque é mestre em Planejamento urbano, consultor e tradutor

terça-feira, 8 de abril de 2014

Proibido para menores - Iniciação

Eu tinha sete anos e estava recluso em casa com caxumba e não podia sair no vento, dizia minha mãe. Por uma semana fiquei sem ir a escola. Havia uma vizinha nova morando na casa ao lado da minha, tinha a mesma idade que eu, baixinha, loirinha, olhos verdes brilhantes e um sorriso malicioso estampado na carinha sapeca. Não posso negar eu a achei bonitinha (e acho que aí começou minha preferência por loiras de olhos claros) já haviamos feito amizade. Quando ela me viu espiando pela janela, chamou para brincar com ela, expliquei que não podia sair por causa de caxumba. Ela veio até meu quarto me fazer companhia, conversamos, brincamos até que ela mandou eu ficar de pé na janela, olhando pra fora.
Prontamente me posicionei, quem olhava da rua via um menino com os braços apoiados no batente da janela olhando para fora. Ela se enfiou entre eu e a parede, baixou meu calção, pegou meu pintinho e começou a felação, levei um susto inicialmente e logo em seguida gostei do que estava acontecendo a sensação era tão boa que chegava a gemer baixinho (não podia chamar a atenção da mãe), só naõ gostei quendo ela mordeu um pouco!
As sessões de fellatio se prolongaram por toda minha convalescência, quando eu sarei, voltei as aulas e perdi a parceria pois estudávamos em turnos opostos. Foi assim que aprendi sobre fellatio.

Proibido para menores - Iniciação

Ela era gorda, toda redonda como uma bola. Nos meus sete anos, eu olhava pra ela e a achava enorme!
Tinha uma energia indestrutível,sempre agitando e levando o bando de meninos e meninas atrás de si. Inventava as mais variadas coisas para fazermos, devia ter uns 14 anos, acho.
Até que um dia, os hormônios em ebulição, inventou de fazer sexo comigo, me ensinar dizia ela.
Fomos para o galpão, as crianças atrás, ela me despiu (só estava com um calçãozinho) mexeu no meu pingolim que ficou durinho, em pé mesmo baixou a calcinha e mandou que enfiasse naquela rachadurinha que ela tinha lá embaixo. Eu obedeci e gostei! O negócio era quentinho e úmido, dava uma sensação gostosa, mas fomos interrompidos por alguém nos chamando, perguntando onde estávamos escondidos.
Outro dia ela me levou pra casa dela, e deitamos no sofá da sala, quando o negócio tava bom, entrou o irmão mais velho dela e acabou com a festa! Foi assim que aprendi que o pintinho não servia só pra fazer xixi! Hehehehehehe!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Esse é um dos caras!

Dois poemas de Charles Bukowski.


"A teoria da classe ociosa" 
A melhor coisa a respeito das mulheres velhas é que tudo o que elas querem de você são as coisas simples.
Eu costumava alimentar as galinhas da minha senhoria, Sra. McCarthy. 
E em seguida no canto onde estava o café da manhã ela me servia meio copo de whiskey. 
Ficávamos sentados ali enquanto o sol da manhã atravessava as cortinas. 
Sra. McCarthy uma vez me perguntou, 
"Você é um jovem rapaz, porque não arruma um trabalho"?
Apontei com a cabeça para as galinhas e disse, 
"Eu tenho um".

"Senhor, rapaz", ela disse,
"Você não serve pra nada!"
Sorri. 
Elogios inesperados como aquele 
me ajudavam a continuar.

"Você sabe quem é melhor" 
Está quente aqui
Há um teto sobre a minha cabeça e um rádio e um bom vinho branco. 
Está chovendo e eu perdi no hipódromo hoje. 
Ontem eu perdi $680. 
Hoje eu perdi $750.
Madeline
nós brigamos e brigamos. 
mas amanhã eu vou ganhar, então
pegue essa sua calcinha do chão
dele
e volte 
pra mim.

Tradução: Jão Moonshine.