É domingo e, apesar do inverno já estar entre nós, tem um solzinho gostoso lá fora, a temperatura é amena.
Estou na "casa de campo", onde a Mônica mora atualmente. Há um silêncio e uma paz impressionante, o que tem feito bem para as crises de ansiedade e pânico dela. Agora são mais espaçadas, mas basta haver algum fato que a incomode e pronto! Já vem tudo de novo.
É curioso, estou tentando me adaptar a esta situação "sui generis" de estar comprometido com alguém, porém, morando sozinho.
Ontem combinamos de fazer peixe no almoço de hoje, já preparei a "cancha" na cozinha, mas não comecei ainda pois a Mônica queria tomar mais uns mates.
Tivemos notícia do falecimento do marido de uma prima minha, enfarto fulminante, o homem tinha apenas 45 anos, que côsa! Não fomos ao velório, apesar de solidários com a dor de minha prima pela perda.
Ontem almocei com meus velhinhos queridos, depois fui ao mercado com eles, levamos quase duas horas pra fazer compras que em 20 minutos eu faria, mas eles se entretem, fazem escolhas, discutem, um compra coisinhas pra agradar o outro e, invariavelmente, quando eu e o pai vamos para o caixa a mãe some nos corredores pra pegar alguma coisa, uma guloseima, balas de mel, um chocolate pro pai e atrasa todo mundo na fila!
O pai está ficando com a memória fraca, as vezes mistura relembranças com o presente, fantasia coisas, ontem me perguntou: "Como estão os velhos, tão bem de saúde?" (os velhos são ele e a mãe), nessas situações, que são cada vez mais frequentes, tenho optado por entrar no jogo e seguir a conversa como se fosse normal, respondi: "Estão bem, o pai tá meio esquecidinho, mas bem de saúde." E seguimos tomando mate. O engraçado é que ele sabe quem sou e que sou seu filho mais velho. Tem coisa que ele faz confusão, mas não é culpa dele, me pergunta pelos filhos e pela mulher, como se os filhos estivessem aqui comigo. Quem mandou eu "casar" cinco vezes!
A mãe, apesar de bem mais nova que o pai já está entrando no mesmo ritmo, ontem almocei com eles, hoje meu irmão ligou, queria levá-los pra almoçar com ele, já que a Marlene faz aniversário hoje, a mãe respondeu: O Marcos disse que vem almoçar aqui, vem pra cá também".
Não sei se é científico ou não, mas li ou ouvi que casais vivendo muito tempo juntos, ficam muito parecidos nas atitudes e acabam tendo os mesmos problemas de saúde e se um falta o outro sente tanto a ausência que não demora a segui-lo. Principalmente quando se amam verdadeiramente.
À tarde talvez vamos lá no meu irmão, dar um abraço na cunhada e ver o jogo do meu Inter.
Hasta!
Estou na "casa de campo", onde a Mônica mora atualmente. Há um silêncio e uma paz impressionante, o que tem feito bem para as crises de ansiedade e pânico dela. Agora são mais espaçadas, mas basta haver algum fato que a incomode e pronto! Já vem tudo de novo.
É curioso, estou tentando me adaptar a esta situação "sui generis" de estar comprometido com alguém, porém, morando sozinho.
Ontem combinamos de fazer peixe no almoço de hoje, já preparei a "cancha" na cozinha, mas não comecei ainda pois a Mônica queria tomar mais uns mates.
Tivemos notícia do falecimento do marido de uma prima minha, enfarto fulminante, o homem tinha apenas 45 anos, que côsa! Não fomos ao velório, apesar de solidários com a dor de minha prima pela perda.
Ontem almocei com meus velhinhos queridos, depois fui ao mercado com eles, levamos quase duas horas pra fazer compras que em 20 minutos eu faria, mas eles se entretem, fazem escolhas, discutem, um compra coisinhas pra agradar o outro e, invariavelmente, quando eu e o pai vamos para o caixa a mãe some nos corredores pra pegar alguma coisa, uma guloseima, balas de mel, um chocolate pro pai e atrasa todo mundo na fila!
O pai está ficando com a memória fraca, as vezes mistura relembranças com o presente, fantasia coisas, ontem me perguntou: "Como estão os velhos, tão bem de saúde?" (os velhos são ele e a mãe), nessas situações, que são cada vez mais frequentes, tenho optado por entrar no jogo e seguir a conversa como se fosse normal, respondi: "Estão bem, o pai tá meio esquecidinho, mas bem de saúde." E seguimos tomando mate. O engraçado é que ele sabe quem sou e que sou seu filho mais velho. Tem coisa que ele faz confusão, mas não é culpa dele, me pergunta pelos filhos e pela mulher, como se os filhos estivessem aqui comigo. Quem mandou eu "casar" cinco vezes!
A mãe, apesar de bem mais nova que o pai já está entrando no mesmo ritmo, ontem almocei com eles, hoje meu irmão ligou, queria levá-los pra almoçar com ele, já que a Marlene faz aniversário hoje, a mãe respondeu: O Marcos disse que vem almoçar aqui, vem pra cá também".
Não sei se é científico ou não, mas li ou ouvi que casais vivendo muito tempo juntos, ficam muito parecidos nas atitudes e acabam tendo os mesmos problemas de saúde e se um falta o outro sente tanto a ausência que não demora a segui-lo. Principalmente quando se amam verdadeiramente.
À tarde talvez vamos lá no meu irmão, dar um abraço na cunhada e ver o jogo do meu Inter.
Hasta!
Também entro no jogo; não adianta querer que ele lembre de algo que sumiu de sua memória; abraços, mano.
ResponderExcluirPois eh desse jeito q quero envelhecer ao lado do meu amor...
ResponderExcluirAmei seu blog,Marcos....
Obrigado Cris! Esteja a vontade pra ler,opinar e, se quizer, seguir.
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