sábado, 23 de abril de 2011

Almoço de Páscoa

Pra comemorarmos a Páscoa, depois daquela reflexão básica sobre o que significa o sacrifício feito por Jesus em nome de todos nós, míseros pecadores, partimos pra reunir o clã a fim de saborearmos peixe, como manda a tradição.
Eu escolhi uma piava (ou piaba corrigiria Tio Samuel, fiel guardião do vernáculo) pra fazer assada na brasa, o Paulo veio de carpa hungara, pra fritar, e pacu (grande) para assar também, como se vê, todos peixes de escama que são melhores para assar.



Munidos de grelha, já com o peixe temperado e devidamente lanhado pra melhor penetração do tempero, eu e Mônica fomos buscar os velhinhos José e Mimi em casa pra participar do ágape, ao melhor estilo cristão.
O tempo ameaçava temporal, mas como estávamos bem protegidos nem demos bola. Os rapazes dormiam, de ressaca, por causa do baile e da festa de entrega de boina do Paulinho, pelo Colégio Militar, que só foi terminar alta madrugada quase amanhecer de hoje. O Paulinho já estava de pé.
O Paulo também passou lá no pai pra se abastecer de lenha pro assado e acabamos nos encontrando lá.
Eu levava um vinho gaúcho dos bons (da serra) e um licor de butiá temperado em cachaça de alambique que era pra adoçar o bico enquanto a bóia não ficasse pronta.
Bem instalados, protegidos da chuva que já já ia descer, começamos os trabalhos, a Marlene foi fazer o fogo enquanto eu ajudava a embrulhar o pacu em papel alumínio e ajeitava lugar pra ele na minha grelha, já que o Paulo (por preguiça)ainda não comprou uma.
A chuva veio forte, o mate começou a correr, a seguir o licor de butiá entrou na roda, com Dª Mimi fazendo careta ao experimentar e brigando com Vô José pra ele não beber muito (mas o velhinho é moderado).
Conversamos, tomamos mate, bicamos o licorzinho enquanto os peixes assavam, alguém falou que a lenha ia ser pouca pelo tamanho dos peixes mas não demos muita bola. Aos 40´do primeiro tempo viramos a grelha pra assar do outro lado e constatamos que a lenha tava ficando perigosamente pouca. Aos 80´ tiramos a grelha do fogo e vimos que o pacu estava meio cru ainda, então decidimos começar o almoço com a carpa frita, enquanto dávamos uma repassada nos assados (e a lenha no fim!).
Como de costume na família, nosso patriarca nos dirigiu em oração agradecendo a comida e as bençãos recebidas e começou o almoço ( a rapaziada já tinha levantado ao sentir o cheiro da comida) com o peixe frito, depois foi a piava e por último o pacu. Tomamos o meu vinho, depois mais duas garrafas de um vinho argentino que o Paulo colocou na mesa.
A essa altura, depois das três garrafas de vinho, eu, o Paulo e o Pai, já estávamos "meio coloridinhos" e achando graça de qualquer coisa que se dissesse. Providência de segurança que tomei foi avisar a Mônica que na volta ela iria dirigir.
Ainda sobrou um pedaço da piava que eu trouxe pra casa, o Paulo ficou com um pedaço do pacu e a coitadinha da carpa foi-se toda.
No meio dessa coisa toda ainda sobrou tempo pra combinar de ir pescar com o Jonathan.
Oigaletê!

2 comentários:

  1. Delícia! Adoro peixe, mas ainda não sei os que me dão alergia... Lembro da Carpa-capim que comi na tua casa, fizestes na brasa, comi até me entupir. Camarão, ao contrário de ti, posso comer o quanto quizer, hahahahaha! Bj, meu velho, dorei o post!!! (como sempre)

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