sábado, 18 de outubro de 2014

A morte é uma piada

 Li e gostei!

A morte é uma piada

Martha Medeiros
Morrer é ridículo. Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? Não sei de onde tiraram esta ideia: morrer. A troco? Você passou mais de dez anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinquente que gostou do seu tênis. Qual é? Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.

Jantando nos Austríacos - Expoijuí Fenadi 2014

Como todo ano faço, peguei a Frau véia e fomos saborear a comida de uma das etnias que compuseram o povo ijuíense. Este ano fomos aos austríacos, que antes só ofereciam doces, tortas e chá na sua casa típica, e neste ano oferecem um buffet com pratos da cozinha dessa etnia.
O buffet e o prefeito


Casa austríaca
Tradição austríaca: apreciar a boa música
Grupo de danças da etnia austríaca























Chagamos lá, a casa quase totalmente lotada, ao fundo piano, violino e uma jovem cantando enquanto o povo se alimenta. Do cardápio: pratos saborosos sem grandes novidade, porém com nome em austríaco; entretanto um prato do cardápio todo chamou a minha atenção, uma torta doce servida junto com as comidas salgadas que compõe o buffet, a famosa "Apfelstrudel" (ou torta de maçã )! Servi uma generosa fatia desta iguaria e não me arrependi, é uma delícia, uma casquinha crocante, um recheio com maçã (é lógico) e outros ingredientes que deixamum sabor incomparável. Sem dúvida recomendo!
E pra reforçar a intenção da visita os Beck (descendentes do tio Florêncio Beck e tia Fidelina ) são de origem austríaca, um motivo a mais para ir lá! Hasta!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Do Blog On The Rocks - Tarcísio Buenas

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Amor é caos e ambivalência.

(Na foto: Nancy e Sid) 
Houve um tempo que eu pensei que você fosse minha. Quando a gente ficava abraçados rindo da cara do outro. Quando das suas reclamações. Quando. Vivo me iludindo e perdendo. Apanhando. Você não é minha e não vai ser -- fiquei irado pensando na gente. Nessa loucura que é amar. Amar é foda. Acredito mesmo que amor seja isso: caos e ambivalência. Não acredito em amor tranquilo. Acredito no caos e na ambivalência. Terremoto.