terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fraude - Se for confirmada é uma bomba!

A Casa caiu para Caixa Econômica Federal


Compare os números sorteados nos concursosMega Sena: 1225 e 1226 !!!

1225
- números sorteados = 31/ 32 / 34 / 40 / 50/ 55 ocorrido dia 23/10/2010.

1226 - números sorteados = 10 / 31 / 40 / 50 / 55 / 56 ocorrido dia 27/10/2010


Link resultado 1225

http://www1.caixa.gov.br/loterias/loterias/megasena/megasena_resultado.asp
#

Link resultado 1226


http://www1.caixa.gov.br/loterias/loterias/megasena/megasena_resultado.asp#
O que foi que aconteceu?????? nunca tivemos tantos números repetidos em jogos consecutivos!!!! A GRANDE FARSA É DESCOBERTA! SE VOCÊ FAZ APOSTAS, ESTÁ SENDO ENGANADO!!! Simples esqueceram de remover as bolinhas fraudadas.

A Polícia Federal desconfiou que estivesse havendo algum tipo de fraude na MEGA SENA e, mal começaram as investigações, pegaram várias pessoas envolvidas no esquema, entre elas, funcionários, auditores, e muito peixe grande, ligadas diretamente ao governo.

Era muita gente envolvida no esquema. Eles fraudavam o peso da bolinha, fazendo sempre dar os números que eles quisessem e botavam 'laranjas' para jogar em diferentes Estados.

Você que achava estranho a Mega Sena acumular tantas vezes seguidamente, e quando saía o prêmio, apenas uma pessoa ganhava, geralmente em algum lugar bem distante.. Só podia ser algum tipo de fraude mesmo!!!

Descobriram membros da quadrilha com 4 Bilhões em contas nos paraísos fiscais; o que menos tinha, tinha 8 milhões..

Isso é sacanagem com o povo brasileiro, que trabalha demais; muitos deixam até de comer alguma coisa para fazer uma fezinha!O que muito me admira é que quase não houve divulgação!!!!!!


Na TV só passou uma vez no Jornal da Record, e outra na BAND... Certamente foram censurados.... Está na cara que o governo não quer perder a bocada que fatura cada semana com os jogos, e nem quer mais CPIs...


Esta notícia não pode ficar na gaveta, espalhem!!!

Vamos nos unir e dar fim a essa grande rede de corrupção que envolve o nosso país.

Colabore com a DIVULGAÇÃO e ajude a desmantelar essa corja de corruptos que levam 45% do seu salário em impostos e ainda têm coragem de levar mais... Passe para todos da sua lista de contatos....

O BRASIL todo precisa saber!!!
*O único jeito de acabarmos com essa patifaria é ninguém jogar mais em nada. Aí , a CAIXA ECONÔMICA vai ter um enorme prejuízo e,
talvez só assim fará alguma coisa.
E o que as autoridades vão fazer agora??? Esconder como fizeram quando essa notícia vazou???

DIVULGUE... MAS DIVULGUE MESMO, PARA VER SE ACONTECE ALGUMA COISA!!!

Enviado por e-mail

domingo, 27 de novembro de 2011

O Pai e o Tiozinho

Um indicador de tua decrepitude como homem, aos olhos dos outros, é a forma como estes se referem a respeito da tua pessoa.
Como é sabido, minha companheira é 18 anos mais nova que eu, e, acredito firmemente que cheguei ao meu limite. Arriscar-se com mulher mais nova ainda, chegaria ao nivel do temerário, pra não dizer ridículo.
Consciente disso, já havia comentado com ela de que chegaria o dia em que eu poderia ser confundido, com o pai ou um tio dela.

Há também o caso daquela propaganda de refrigerante, em que um homem bem mais velho que a garota propaganda é por ela denominado de "tiozinho" ou "tio", que eu acho a forma mais segura de uma mulher nova acabar com qualquer pretensão que o cidadão tenha em relação a ela. Depois que te chamam de "tio", ou pior de "tiozinho".Acabou pra ti, esqueça essa criatura, sem chance!
Pois meus queridos, este fim de semana ficará gravado nos anais da vida deste que vos escreve!
Sábado, eu e a Mônica pegamos o netinho dela, mais uns apetrechos, iamos entregar o menino à mãe dele  e posteriormente íamos ao sítio de um amigo nosso pra uma janta de confraternização. Antes ela passou no posto para abastecer o monza, que estava com pouca gasolina. O frentista (Chiquinho, conhecidíssimo) me parabenizou por ter ganhado o Ford Ka, no sorteio do supermercado Kuchak, ao mesmo tempo que perguntava o que eu faria com o monza. Respondi que o havia dado para a Mônica. Nisso a Mônica desce do carro (ela estava dirigindo)para pagar com o cartão e então a figura sai com essa: "Eu também, se ganhasse um carro num sorteio, daria o meu carrinho velho para meu filho, bem assim como teu pai fez!" Toooiiiinnnn!!!
A danadinha riu, mas não contestou, e depois me contou.
Hoje, penúltima rodada do brasileirão, decisiva para o meu Internacional, que jogava contra o Flamengo no Rio, tento assistir o jogo pela internet pois a tv aberta ia dar o jogo do Corintians, mas estava demorando muito e muito picotada, então decidi ir assistir no boteco do Mauri/Marisa que fica em frente à minha casa.
Jogo tenso, o Inter em cima, o Flamengo dando estocadas perigosas com o dentuço (e agora também chamado de onanista pela própria torcida flamenguista, o vídeo já saiu do ar) Ronaldinho, até que aos 46 do 1º tempo, um meio campista do Flamengo lança uma bola despretensiosa em direção à área colorada, o zagueiro desatento se atrapalha, a bola bate no garrão do cidadão e oferecida rola, dengosa, até os pés do camisa dez que só tem o trabalho de deslocar o goleiro! 1 x0 Flamengo!
No segundo tempo o Inter alugou meio campo, botou pressão, o goleiro flamenguista fechou o gol e passou a alimentar o contra-ataque dos rubronegros, o tempo passou e nada de gol colorado. Diminuiram as chances de classificação pra Libertadores, e pior, tudo vai se decidir num Grenal!
Quando ia me retirando, chateado, pra casa, um magrão colorado que nem eu, sai com essa: "Então tá, tiozinho, até a próxima!"
Tá mal o negócio!
Mas estou reagindo, a quinze dias recomecei a frequentar a academia e estou malhando três vezes por semana e além disso eu e Mônica estamos indo à aula de dança de salão todas as terças!
Não tá morto quem peleia!
Hasta.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Alerta aos homens - Quando as mulheres acham mulheres atraentes

 Copiado de Itaara´s blog


Quando as mulheres acham mulheres atraentes

Estudo feito pela Boise State University aponta que
45% das mulheres entrevistadas já beijaram
outras mulheres
Estimados leitores, de todos os gêneros, marcas, modelos, cor, tamanho, preferência clubística ou gastronômica, pânico em Detroit, como diria David Bowie.
O que os estudos do Instituto de Pesquisas Carneiro da Cunha já apontavam há algum tempo agora é ciência da boa e comprovado pela Universidade de Boise, Idaho, nos Estados Unidos: mulheres hetero, sessenta por cento delas, caros leitores, caras leitoras, sentem atração por outras mulheres.
Em não estamos falando de mulheres homossexuais, mas mulheres hetero, que pegam, matam e, ocasionalmente comem esses estropícios também conhecidos como nós, homens. Mulheres hetero, quando apreciam o corpo, a alma, e outras qualidades igualmente espirituais de outras mulheres podem, muito tranquilamente estarem fantasiando sobre uma e outra em trajes de oncinha e se debatendo em um cenário de Ultimate Fighting sobre gel. Essas mulheres!
O estudo da Boise State University detalha melhor a coisa: 45% das mulheres pesquisadas já beijaram outras mulheres, e não parece que na bochecha ou em um feliz aniversário, mas se admirando pra caramba, durante uma festinha na empresa, no clube, na praia ou no campo. 50% já tiveram fantasias sexuais com outras mulheres, provavelmente muito mais do que as que fantasiam sexualmente com esses trastes também conhecidos como homens - que raramente justificam uma boa fantasiada, tão óbvios que são, tadinhos.
Agora, caiu aqui com a Playboy, caros leitores: a Boise State University, como o nome sugere, fica em Boise. Boise, para os poucos que ainda não sabem, fica em Idaho. Idaho, batatais leitores, é famoso pelas batatas, e nem um pouco pela liberalidade em qualquer assunto que não seja fritas com ketchup, maionese ou mostarda. Se em Boise é assim, imaginem aqui ao nosso redor. Se americanas, que podem ser acusadas de tudo, menos de sensualidade excessiva, são assim, imaginem as brasileiras. As americanas precisam se vestir de oncinha para parecerem que sentem alguma coisa pelo sexo com quem quer que seja, ou com o que quer que seja. As nossas são onças, que saem por aí fazendo de conta que se civilizaram nos últimos anos, mas só fazendo de conta.
Que medo de sair às ruas, caros leitores! Quero dizer, que medo, se eu tivesse a sorte e o bom senso de ter nascido mulher, coisa que obviamente me escapou na época certa. E acho que passou o momento para bisturis, no meu caso ao menos.
O Instituto Carneiro da Cunha de Estudos Sobre Praticamente Todas as Coisas já tinha apontado para essa tendência há algum tempo. Tanto que em breve sai um livro intitulado "Primeira Vez e Muitas Vacas", escrito por esse que vos atormenta, que aborda exatamente esse tema, mesmo que não lá tão cientificamente quanto o pessoal de Boise, Idaho.
Homens não são de nada, caros leitores. Nós chegamos ao mundo ancorados por um pênis, que além de balançar ridiculamente pra lá e pra cá e sentir muito frio ou timidez nos momentos de exposição, também não nos deixa em uma situação muito impressionante nos melhores momentos. Somos, sinceramente, esquisitos pra caramba. O tal pênis, que Freud erroneamente acreditava ser uma inveja das mulheres era, na maior parte de tempo, motivo de riso delas, que entre outras coisas, nadam melhor do que a gente por falta de resistência ao avanço hidrodinâmico. Tudo que o nosso glorioso apêndice nos proporciona nesses momentos é nos levar mais para um lado ou outro da piscina. Mas ele nos prende, caros leitores, a um e um papel somente. Ou somos heteros, ou somos gays, e, com a nossa tradicional falta de imaginação, se não somos isso, também não somos mais nada.
Mulheres, super e ultra poderosas, livres de entulhos, se deslocam livremente, escolhendo e beijando quem bem entendem, mulheres inclusive, que além de igualmente deusas e poderosas, usam perfume.
Para nossa sorte, essas predadoras naturais são onívoras, o que nos mantém no seu cardápio de preferências, ufa! Mas nada impede a evolução natural das coisas de fazê-las irem mais para lá, e menos para cá. Nós não temos assim tanta energia, e nos distraímos se houver Barça x Qualquer Coisa. Não nos concentramos em beijar partes como costas e tendões em geral, e elas ficam muito, muito irritadas com essa nossa falta de sensibilidade para o que importa. Somos os piores amantes do mundo, com exceção dos moluscos, talvez. Pensando bem, porque somos moluscos, boa parte do tempo.
Sei não, mas os dados assustam. Por enquanto, seguimos com algum valor de mercado, mas acho que essas pesquisas deveriam servir de aviso. Ou nos aprumamos e aprendemos a valorizar o que importa para as mulheres - tipo tudo -, ou em breve vamos poder, no máximo assistir. E com mais um tempo, quem sabe, caros leitores, nem isso. Fica o aviso.
Marcelo Carneiro da Cunha é escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem "O Branco", premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos "Simples" e o romance "O Nosso Juiz", pela editora Record. Acaba de escrever o romance "Depois do Sexo", que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances "Insônia" e "Antes que o Mundo Acabe", publicados pela editora Projeto.
No Terra Magazine

domingo, 20 de novembro de 2011

Passeios

Neste feriadão de 15/11 fomos, eu e a Mônica, passear em Porto Alegre, ver filhos e netos. Resolvemos ir no carrinho novo para testá-lo em um percurso grande, ainda no amaciamento do motor, pois mal havíamos passado dos 1000km rodados.
Tivemos uma surpresa, negativa por sinal, os fabricantes alardeavam o desempenho do carrinho, como econômico com uma kilometragem alta por litro de combustível consumido. Ele faz isto, supomos, mas a estratégia de marketing do fabricante coloca atrás do biombo o como conseguir.
Eu sou, me considero assim, um motorista médio, nem muito arrojado mas também não uma tartaruga com cãibras, de forma que em percursos longos fico naquela média de 90km/h a 110km/h, com picos de 120km/h nas ultrapassagens. Na saída de Ijuí completamos o tanque (pequeno por sinal) e "demo via" a Porto Alegre.
Quando lá chegamos o ponteiro do combustível entrou na reserva, encontrei um posto e fui abastecer, anotei a kilometragem e peguei a notinha para fazer a média pois tinha anotado a km inicial. Para minha surpresa a média do carrinho ficou em 11,6km/l, muito abaixo dos 17a 18km/l alardeados pelos fabricantes.
Concluí que para fazer uma média alta, só andando rigorosamente a 80km/h, o que, convenhamos, é um saco!
Visitamos todos nossos queridos, dormíamos num, passávamos o dia com o outro, fizemos compras na "Volunta", fomos à Feira do Livro, em seu último dia.
Na feira consegui comprar o livro "Trilogia Suja de Havana" do Pedro Juan Gutiérrez, autor muito recomendado pelos "alemões" Dudu e Zaratrusta, já comecei a ler... o cara é porreta mesmo!
Muitas conversas e risadas com a Vivi, Maria e Fernandinha, entreguei pra Vivi o violão que comprei e não usava, o coitadinho está afônico por falta de uso (acho que era tristeza pelo meu descaso com ele), mas agora ele será bem aproveitado, tenho certeza. Vivi (chef de cozinha) preparou umas abobrinhas recheadas para nos recepcionar. Delícia! Jantamos churrasco, preparado pelo Leandro e sua nova companheira Rosângela, nada como um açougueiro pra escolher carnes macias!
Muito pôker e jogos no computador com o Marquinhos e a Thaís, gravamos um pen drive inteiro de músicas para ouvir no carro, Tatá demonstrou suas habilidades culinárias; eu tentei um "strogonoff" sem muito sucesso por falta de ingredientes. Marquinhos colocou 4 jogos no lap top, atendendo pedido meu.
Mesmo com feriadão, e portanto com a cidade vazia, o trânsito em Porto alegre é complicado, imagina em plena atividade! Ficamos de domingo a quarta e então viemos embora.
Hoje, domingo, fomos visitar Tio Naná e Tia Nara  em Santo Ângelo, eu, Mônica, Vô José e Vó Mimi e mais a prima Eunice.
Chimarrão, boa conversa, churrasquito preparado a capricho uma maionese especial e uma sobremesa supimpa!
O Bônus foi a coleção de LP´s que ganhei da tia Nara, mais que dobrando minha coleção de discos antigos.
Fiquei muito feliz com o presente.
Hasta!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Últimas leituras

Aí vão as últimas leituras:
Dois amigos e um chato - Stanilaw Ponte Preta (Sérgio Porto)
Os Tambores de São Luis - Josué Montello
Chapadão do Bugre - Mário Palmério
Terra Papagalli - José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta
Assim morreu Tancredo - Antônio Britto depoimento a Luis Claudio Cunha
 O dia em que Ernest Hemingway morreu crucificado - Roberto Drummond

Stanislaw Ponte Preta
Montello

Palmério

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

De framboesas e Pitangas

Ontem colhemos framboesas e pitangas.
Framboesas
 Meu quintal é pequeno mas abriga diversas espécies frutíferas. Existem coisas de que eu gosto muito.
Gosto de mulher, muito. Gosto de cozinhar, muito, até acho que essa habilidade passei para minha filha, que já é "chef de cozinha". Gosto de ler, muito, tanto que todas as semanas publico os títulos que li na semana, facilidade de quem tem uma biblioteca à disposição no local de trabalho. Gosto de dançar, muito. Gosto de pescar, muito.
Mas como eu ia dizendo, colhemos framboesas e pitangas e eu resolvi fazer licor.
Na época de colher as framboesas, lembro da minha colega e amiga Evanise que adora o licor dessa fruta.
Vidros de licor de framboesa

Pitangas
Uvas brancas ainda verdes
Me considero rico, pois durante o ano todo. sempre tenho algum tipo de fruta amadurecendo em meu quintal, coisa que nem todos têm oportunidade, mesmo tendo pátios grandes; ou falta tempo de plantar ou falta vontade, além de que manter limpo dá trabalho.
Inda esses dias plantei uma muda de jaboticaba ao lado de uma bergamoteira que secou por causa de uma barbeiragem minha; fui fazer uma calçadinha e cortei a raiz da coitadinha, mas ela está ali em pé, servindo de ramada para um pé de maracujá, logo teremos maracujá pra fazer suco e mousse.
As pitangas são a primeira colheita de um pézinho que nasceu guaxo. Também viraram licor.
A colheita de framboesa vai durar um bom tempo, de forma que teremos muitos vidros de licor para preparar.
Depois já será tempo das uvas, cujos cachos a videira vai tecendo com paciência nesses dias ensolarados, de madrugadas frias e tardes quentes.
A uva dá um licor delicioso, além de "in natura" ser uma sobremesa espetacular.
Tenho que buscar umas mudas de parreira que meu pai diz ter guardado pra mim, então teremos uvas brancas e pretas, ô beleza!
Ganho pouco, mas sou feliz!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Algo hicimos mal



DEPOIMENTO DO PRESIDENTE DA COSTA RICA, QUE MERECE SER LIDO E REFLETIDO

Discurso proferido na presença do Lula e demais presidentes latino-americanos, incluído o "manequim" do Equador, o caloteiro Corrêa, abaix
o nominalmente citado.


"ALGO HICIMOS MAL"
Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica

na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009

"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas.
Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros.
Não creio que isso seja de todo justo.

Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país.
Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais:
todos eram pobres.

Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão:
Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta.
Certamente perdemos a oportunidade.

Há também uma diferença muito grande.
Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.

Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal.
Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul.
Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante.
Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos.

Que fizemos errado?
Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal.
Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos.
Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos.
Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus.
De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um
termina esse nível secundário.
Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.

Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países.
Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.


Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano.
Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano.
Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.

No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado.
Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo
"num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia"
e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.

*Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000*
milhões em armas e soldados.
Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo?
Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação;
é o analfabetismo;
é que não gastamos na saúde de nosso povo;
que não criamos a infra-estruturar necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos;
que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente;
é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente;
é produto, entre muitas outras coisas, certamente,
de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.

Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta.
Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou.
Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos.
E eu, lamentavelmente, concordo com eles.
Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos"
(qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...)
os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX,
que é o *pragmatismo*.
Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha:
"Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos".
E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que
"a verdade é que enriquecer é glorioso".
E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.

A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos.
Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos.
Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.

Muchas gracias."